O olhar não cessa de ‘pensar’,
As belezas ou tristezas que apreende
A memória guarda todo ‘olhar’...
O pensamento não para de fluir,
Os momentos estão sempre ali
Nas asas deste prazer, deste voar...
A música não cessa de tocar
Se entrega, prisioneira do sentir
A melodia vive , é atemporal...
As emoções se repetem, corporais
A química do corpo abastece
O pensar... que não cessa de fluir...
Os olhos não cessam de buscar,
Os ouvidos não cessam de escutar
O tempo não cessa de correr...
Os sentimentos se nominam assim
Alegria, prazer, medo, dor...percepções,
Das emoções - olhar, ouvir, sentir...
Os pensamentos se enlaçam , sem cessar
Não se consegue dominar tanto poder
Imaginar - é criar , é doar... é reter.
Logo, as mãos não cessam de escrever,
Conspiram com o derrame de pensar
Sufocam o fenômeno do esquecer...
Incólome, o poema eterniza o sentir
Que se re.cria no’ olhar’ do espectador
Desviando-se do caminho ( do autor), é abertura...
Se porventura morrer poetizando,
O poeta segue feliz para nova aventura -
O encontro com Homero e semelhantes...