uma
revolta se desvela, é arte
como
força espontânea e incontrolável
que
brota por reação ao desconhecido
a essência , o fundamental do humano
que
envolve um estranhamento
ao
‘ser’ inefável que não é,
porque
está sempre se perfazendo
“
sendo”.
só
pode ser aquele que luta contra o
mistério de si mesmo
traduzido
na angústia abissal que o sangra
[desde
o ventre até a fria tumba]
sofre
por se desconhecer
é
incognoscível
enigma.
não
sabe quem ou o que é, crê que nunca
saberá
busca
, desesperadamente , esta
‘sabedoria’ misteriosa
‘sente’
ser o verdadeiro culpado
que
gera a dor, o desespero
ao
aderente “eu”
que o envolve
é
solidão.
... logo,
o conhecimento de si mesmo é o mais
desejado
também, o mais impossível, sempre escondido no intimo
que
nutre o espiritual - transformador, etéreo
e invisível .
...
mas , se descobre pelas escolhas que se
permite
ao
educar seu curioso ’ olhar ‘ que mira as imagens
metamorfoseadas - desconhecidas e recatadas
do
seu verdadeiro ‘ser’, precioso estranhamento
mescla de admiração,
e
espanto...
... assim
se apresenta ao Outro, em aparências mil
que
se desdobram em linguagens múltiplas, criativas
projetadas para autenticar-se... na reflexão da essência
de
si para aquele que quer lhe
‘saber’ , conhecer
ele
se vê no Outro...
nesse
movimento , nesse desejo , nesta procura
(insistente
e persistente, é necessidade)
que
este ‘ eu’ e o Outro forjam um existir
sempre“
sendo” ,
sempre “ a.parecendo”
surpreendendo
a si mesmo
dia
a dia, cotidianamente...
então,
abraça
esta ‘sabedoria’ fugaz
que
lhe diz
ser
o grande artista
da
própria
vida.
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