quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Profanando a poesia
Não pergunte ao universo
Pelo criador divino
Nem pergunte ao céu
Com seu azul cristalino
Não pergunte à estrela
Por sua beleza magistral
Nem pergunte à Lua
Com sua sedução sem igual
Não pergunte às flores
Pela oferta da beleza
Nem pergunte à floresta
Donde vem sua grandeza
Não pergunte ao Sol
Por sua dádiva vital
Nem pergunte ao mar
Com sua profundidade abissal
Não pergunte à mãe
Por que seu filho chora
Nem pergunte à fome
Por que não vai embora
Não pergunte à miséria
Por que se alastra no mundo
Nem pergunte ao político
Por que é o maior imundo
Não pergunte ao crente
O por quê da sua crença
Nem pergunte ao louco
O por quê da sua demência
Não pergunte a guerra
Por que ela engrandece
Nem pergunte à moral
Por que sempre apodrece
Não pergunte ao filho
Por que tanto odeia o pai
Nem pergunte a nação
Por que a esperança se esvai
Não pergunte ao espanto
Por suas vãs filosofias
Sinta todos os absurdos
Que forjam as ideologias
Por fim,
Não pergunte a este canto
Se ele profana a poesia
Sonhe com os encantos
Que abrolham vãs fantasias
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