gosto de te ver chegar, descobrir que ainda vivo
existo na curiosidade, na admiração e no espanto
por isso te(me) torturo tanto com meu canto.
por isso te(me) torturo tanto com meu canto.
fala-me do começo do mundo!
quando o Sol , ardente , cobriu a Terra
penetrando –a com sua semente...
com o fogo queimando seu ventre
gerou a filha mais preciosa - Natureza
uma inocência plena de belezas e essências.
[vestes verdes e mares transparentes
cheios de seres e cores , geleiras e desertos.
na sua cabeleira - nuvens, estrelas e luar]
Fala -me das montanhas ! dos minérios,
das pedras preciosas, do
rico ouro
não o ‘ouro negro’, gen. fossilizado[ desgraçado]
fala -me de mim ! esta que vês, cotidianamente
quem sou , verdadeiramente? para que fui criado?
por que sou um Ser vivente e (in) consciente?
[consciente do próprio destino. tão trágico! ]
queria ser só instinto,
selvagem e espontâneo
sem a ‘razão’, invento
de controle - sofrimentos.
queria ser pedra, queria ser vento
queria ser sensação, sem pensamentos
queria ser só intuição, sem entendimentos.
queria ser o tempo , não o viajante
queria ser descansos, não cansaços
queria ser saudável, não (tão) doente.
mas, quando chegas
com tua ternura
e, me despertas com teu ruído dourado
ó doce Aurora ! tudo desaparece...
és o alivio destes meus ‘dias’,
os feitores cruéis desta loucura
e, só consigo te dizer -
obrigada!!!
sei , sim! é mais loucura!
isto tudo soa como nascitura
uma escritura do inacreditável !?
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