terça-feira, 27 de agosto de 2013

Desejo de ser diferente...


a gente se crê diferente de todos,humanos
mas, é um engano acreditar tanto assim
só se é diverso à exposição do Sol, nas
sublimações e aparências, interferências.

vire todos ao avesso, no interior, a semelhança

sangue , veias, músculos , cérebro...  coração
mais fundo, a alma , centro das emoções
sensitivos todos são, alquimia de sensações
laboratório de humores... invisibilidades?

externo, o mundo dos estímulos, sofisticação.

é neste lado de fora, a cada momento, a luta
que te faz e me faz buscar ser, dessemelhante
e, é no tempo de cada pensamento e agir
que recria-se , o reino pessoal, do crente

neste desejo de ser, singular, ‘diferente’.

acontece, sim!
o universo das palavras gera mundos,
e impetra tal glória...

o sepulcro, não!
é não.aristocrático, popular e democrático
e de mansinho, sem exceção, nivela

cada história... 







segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Demasiadamente...


por que tanto reclame,
do(e) dia, da(e) noite
do sol, da chuva... da lida?

é mundo... é (a)temporal

ser homem,
é ser matéria incerta
metamorfósica , que
se faz e se desfaz
na ‘luta’ que gera si mesmo

a(e)fetivamente,

(os)demais...










Desapego ...


eu queria abraçar tua fúria
eu queria tocar teu coração
eu queria tecer a emoção
ser  riqueza, não penúria.

eu queria semear outro sentir
como perfume que acalma
que amasses todo o por vir
àqueles, que buscam tu´ alma.

o amor traz liberdade
não prisão, torre da ira
matriz da insanidade.

sem afetos, o viver é vão
só lutas, a paz se retira
irmão despedaça irmão.






quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Por quem os sinos dobram ?


não detenha as lágrimas da paixão
nem pense na tristeza que o domina
não pergunte o porquê da emoção
d´um arrebol avivando a neblina.

não pergunte por que o coração ama
deseje (só) um breve apaixonar
aceite que a alma que se inflama
navegue extasiada neste a.mar.

não pergunte por quem os sinos dobram
num lamento que não susta de bater
uma dor no peito, prenuncio d´um final.

é no passar do tempo que se forjam
as almas gêmeas , construto do querer
que perecem no ardil emocional.




















quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Sonhos , abismo de desejos


escruta
segredos
no sorriso
do milagre

que(se)anuncia...

no cerrar
das pálpebras
a abertura,
novo mundo

o onírico...

universo
do poeta
verdadeira
liberdade

utopias...

ali, a vida flui
sem tropeços
é só desejos
fraternidade

é poesia...











segunda-feira, 12 de agosto de 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O que é poesia?

antes, era registro belo
dos desejos e sentires
sempre,  fuga da realidade

mergulho no lirismo
viagem distante
emotividade

hoje, qualquer coisa,
até terapia

o poeta cospe
toda sua ‘ energia’

 que é uma coisa?

tudo e nada

talvez,

a.juntamento
de letrinhas,
circularidade


P      A
 O   M
   E


“mon dieu ! “

sou eu?
és tu?

que saudades
dos “nós “ ...










   

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Experiência...



o ato da criação
traz alegria e paz
livra da profundidade
joga na superfície
anula a transitoriedade
aquela que sufoca
apertando o coração
lembrando da extinção.

quem quer encarar a morte?

que está sempre à espreita
esperando com serenidade
sabendo que a todos sujeita?

é como encarar o sol,
os olhos queimam, escurecem
é melhor desviar o olhar

“olhar” para outro lugar
onde, outra luz espera.

vida! instante a experienciar

prêmio dos fortes,
aqueles que não temem a morte
aqueles que nunca esquecem,

sabem que viver é uma sorte...

o mundo é uma fraternidade
onde todos participam, mas sem olvidar
que a vida é só uma faísca, de verdade
do eterno que sempre existiu, existe , existirá

um rápido clarão, na escuridão da eternidade

um tempo mágico, um arco-iris, uma poesia

um ‘ser’ a experimentar... uma criatividade.