sábado, 25 de maio de 2013

Semiótica da emoção .

um Ser
uma sensibilidade

uma flor
um luar

um amor
um sonhar

um querer
uma motivação

sempre a buscar,
o que perdeu

sempre a lembrar,
o que esqueceu

sempre a sentir,
o desejar

in.e.visíveis  
só àqueles,

que sabem
onde e como

‘olhar’...










quarta-feira, 22 de maio de 2013

O suplicio da saudade


há as horas mórbidas , forjas da dor
aranhas famintas tecendo o desespero
devorando o tempo e o angustiado

antes, duros aguilhões ferem o coração
e o sangue vertido ingere  toda  luz ...

na escuridão, brotam as lembranças
do paraíso perdido - a paixão -
onde havia fartura de[ternuras ]

caricias, deleites, beijos e afagos
dourados êxtases,  ora sombreados...

cessam os ventos  desta  alquimia , mas
na  calmaria , silva n´alma , outra tempestade
é o arauto , aziago,  que se aproxima
carregando as nuvens da infelicidade...

[ e soam as badaladas das horas cruéis]

... cantam com o sentimento da amargura -
a morte prematura de um grande amor

cravando no peito,
este suplicio... de eterna , saudade.




domingo, 19 de maio de 2013

Deambulando ... no tempo.


Atemporais pensamentos
Revolvem por inteiro
As vivências do antes, no agora

Tempo presente , sem demoras...

E a imaginação voa para o futuro  
Gulosa, devora o tempo por vir
Saboreando-o no presente.

Mas, o tempo mais prazeroso
É o passado feliz, revivido
Nas lembranças...

Tantas telas... pregadas
Nas paredes da memória
E, cada uma com sua história.

Apanho uma delas e vejo
Aquele dia ensolarado
Da minha infância

Uma delicia...

Volto a brincar e a sorrir
Sou criança...  e sou feliz
A lembrança sussurra

Assim, me diz...

Noutra pintura
Havia chuva ,  é outono
Sou viajante sem rumo.

Mas,

Havia esperança
Havia gente amorosa
Havia abraços e confiança.

No tempo [o ser ],
Move-se para frente e para trás
Ele é sempre presente, um existir que apraz

Vida só vida, desejada ou apreendida...

E, nas reminiscências aspergidas
Sinto o sabor do tempo
No perfume das estações,

Minhas...














quarta-feira, 15 de maio de 2013

Indubitáveis...


Donde viemos?
Para onde vamos?
Por que? Por que?

Importa?

Importa é despertar,
sentir a vida se derramando
abrir o olhos para to(u)do ‘olhar’...

As dores e os prazeres [sentires]
que sustentam cada existir, são
o élan vital dos eleitos [verdades]
que navegam neste inescrutável oceano
universo de águas cósmicas

nutrientes da humanidade...

Existência é devir...  [um ainda não]
transformações ,  futuro
por  vir...

Eternidade?
Sim... é envolvente

[um antes , um depois
indubitáveis...]

Mas, a vida
é um Eu, ' presente' ...








quinta-feira, 9 de maio de 2013

Desassossego da procura...


Busco sorrir, mas me entristeço
Mostras de incertezas... sem fim  
Quedo-me, lembrando do meu berço
Metamorfoses do existir... em mim.

Sei que finais habitam os começos
Desassossegada, me debato aos acasos
Perco as esperanças, quase enlouqueço
Neste determinismo, ‘pater’ dos ocasos.

Anseio que a existência me surpreenda
Vença a noite no iluminar da aurora
Busco respostas, que eu compreenda.

Acarinho minha vida, com sinceridade
Mas, procuro verdades a qualquer hora
Cobiço [consubstanciar] a tal felicidade.






Mnemósine


aquele instante
tatuado no tempo
é memória agora

mnemósine,
liame do passado
no presente...

a deusa vive,
traz o momento
nesta saudade

de nós...




Ser...

É puro desejo,
de querer
ser-ter

alguém...

que satisfaça
os anseios

e, a resgate
do destino

ser-ter
ninguém...





segunda-feira, 6 de maio de 2013

O eterno sempre novo


Parece fácil
porque é impossível.

A felicidade é fugidia
construção humana
forja  da ambiguidade.

Lembra a arte,
o eterno sempre novo.

Eterno, fora do tempo
 novo , pura temporalidade.

A arte como a felicidade
realiza-se pelos e para
os humanos.

Existências finitas... efêmeras
eternas novidades...






As flores azuis...


Teu olhar de amor
Vê só o melhor de mim
Esquece o pior
Sou teu ideal
Teu fim ...

Como a cor do céu
Embriaguez do olhar
Nas flores azuis
Harmonia apolinea
Natureza  e o (a) mar

Miosótis
Cenáureas
Violetas
Gilicinias
Linho

Sinfonia
De cores
Ordem da luz
Canção de amores
Nossas flores azuis







quarta-feira, 1 de maio de 2013

Janelas virtuais...


 Olho distante através
Das janelas das lembranças
Onde passeiam todas as experiências
Vividas...  sensações sentidas.

Os afetos , as tensões, as excitações
Passeiam pela estrada do passado
A porta está fechada (no) agora
Não podem mais adentrar.

As imagens são como alucinações
A voz, o perfume, o olhar - o amar
Percepções fortes [ausentes]
Que brotam desta realidade

Inexistente...