quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mentes esquizóides desvairadas

Existe um hiato inexplicável
Na cornucópia dos ousados
Que crêem ser preciosos
E são ignotos esvaziados

Mas, confessar sempre alivia
A psicanálise que afirma
Os mentecaptos sempre riem
Após exorcizar as sombras e recalques

[sobra-lhes uma mente esquizóide desvairada]

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A tua invisível presença...



Sinto tua presença na luz do sol
Que me aquece e me ilumina
Sinto tua presença nas estrelas
Que brilhantes me encantam
Sinto tua presença nos versos
Que não me escreves, imaginas
Sinto a tua presença na ausência
Que amando... invisível, anuncias.


sábado, 27 de agosto de 2011

Gostaria de ser livre



Gostaria de ser livre
Voar como as borboletas
Sem rumo direção, e
Ser dona do meu coração.

Gostaria de ser livre
Das convenções da vida
Morar numa linda tribo
Andar descalça, perdida.

Gostaria de ser livre
Dos pensamentos racionais
Flutuar com as ilusões
Viver pleno, de emoções.

Gostaria de ser livre
Ser neófita de Platão
E que da minha caverna
Me libertasse então...

Gostaria de ser livre
Escrever com sinceridade
Não usar ironia, fingimento
Amar e perdoar, de verdade.

[meras impossibilidades]

O Poder da Arte



Tudo que existe já foi fantasia
Foi magia... que transcendeu
Uma realidade, submetida
Encanto dos versos da Poesia
Mundo belo, imaginado...

Energia anímica que nos devolve
A Vida... os deuses nos sussurram
Textos, contextos ou pretextos
Nutrindo as mentes e os corações
Para que a Arte jamais silencie...


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A irracionalidade faz parte...

O universo conspira a meu favor
Traz-me sempre teu canto encantador
Tuas palavras me abraçam e envolvem
Meigas doces narram fábulas de amor

Pulsa a terra como o meu coração
Que queima arde é um vulcão
Compreende que tudo são ilusões
Mas não abre mão de sentir emoções

Que seria do homem sem sentimentos
Que assustado... desistisse de amar
E se dedicasse ao refletir ao pensar
Ignorando os outros movimentos

A razão busca paz com pensamentos
Mas, é a alma que domina o viver
Sua linguagem não é entendimento
É intuição é percepção envolvimento

( irracionalidade é parte da felicidade)


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Experiência visceral...

O coração dispara
A respiração acelera
A descoberta invade
Minh´alma que chora
Marcas vivas e indeléveis
Na memória que sussurram
Minha triste e doce história

Precisa-se de coragem
Para sentir o medo
Aconteceu o chamamento
Findou nosso tempo
Precisamos partir agora...

[minh´alma ainda chora]

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A tua imagem é o teu amor...

Como a tua imagem
Está em mim
Quer acordada
Quer sonhando...

Ela se aninhou na minha alma...

Se fecho meus olhos
Sempre te vejo
Minha visão interior
Absorve-te por inteiro...

E te acomoda no meu coração...

Te derramas
Sobre meu sentir
Como uma chuva
De puro amor a fluir...

Gosto que seja assim...

Envolve os meus sentidos
Enches o meu intelecto
Me sinto sou feliz assim...



Eterna introspecção...

É possível que tenhamos duas almas
Uma que olha-nos de fora para dentro
Outra de dentro para fora

Quem somos afinal?

Difícil é
Conhecer-se
Apreender-se
Lidar consigo mesmo
E sua visão de mundo

Precisa-se ir longe se afastar
Observar-se de fora para dentro
Explorar a si mesmo
Interrogar-se

Pensar refletir sentir
Perceber a relação
Corpo mente coração
Neste buscar encontrar

E um espanto pode surgir
Com este eterno descobrir

Somos o que imaginamos?
Nos aprovamos?
Somos o que nos imaginam?

Quem somos afinal?








sábado, 20 de agosto de 2011

A música...



No silêncio ouvi
Era o dedilhar de um piano
Aquela música era linda
Eu a sentia tanto que doía
Então, comecei a chorar

O sentimento forte demais
Sem poder se (de) mostrar
Maltratava me ferindo
Parecia uma profanação

Amava a música, mas algo nela
Tocou fundo no meu Ser
E estava partindo meu coração
Que sangrava...pela forte emoção

[será que alguém mais a ouviu?]


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

AVE MARIA

A ve Maria mãe celestial
V enha ajudar-nos por favor
E sendo Mãe de Jesus interceda

M inore nossa dor ... terminal
A livie e acalme o nosso coração
R edentora que és, rogai por nós
I nvoco teu amor e o teu milagre
A cabe cure e elimine esta pesada cruz

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As minhas mortes...

Quando morri a primeira vez
Caminhava na estrada
De uma vida construída
Fui atropelada pelo real

Esta se esmagou
Porque era perfeita demais
Tinha lhe forjado plena de ideais
Muito amor,  nada de dor
Absurda... irreal.

Quando morri
Pela segunda vez
Foi de horror
Horror de mim

Porque aceitara
Tudo... demais
Amores,  mentores
Sombras... nada mais.

Morri ao descobrir a Luz,
Quando escapei da caverna
Das imagens falsas
Das minhas Ilusões

E como a primeira vez,
Foi minha visão externa
Que esclareceu meu engano
Morri de (des)ilusão...

Enfim, descobri

Perfeição e ilusão
São aparências,  que
Eliminam ingênuas
Existências...

(então, desisti de existir)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mágica percepção...



Um agora veloz... , sublime
Que parece atordoar o tempo
É visto como num filme
Com emoção e sentimento.

Olha-se o céu, que beleza!
Vive-se o perfume das flores
Tudo se mescla na natureza
Emitindo um élan de odores.

Os pássaros bem cantantes
Coloridos e bem criados,
Paralisam os instantes
Com seus sons e tons variados.

À noite, é dia na estrada,
Com a lua cheia brilhante
Iluminando a jornada
Do misterioso caminhante.

A angústia desaparece,
Quando surge a satisfação
Tudo mais se esclarece
Num ato de cognição.

Tudo acontece de repente,
Como um passe de magia
O atrás corre na frente
O caos parece harmonia.

Depois vem o esclarecimento,
Desta maravilhosa sensação
Tudo aconteceu num momento
Da nossa divina percepção...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O sacrifício...


Sabem aquele dia terrível,
Quando nosso ânimo morre
Abatido pelo invisível...

Nuvens, ventanias , chuva
O céu chora sinalizando
Que vais cair... soçobrar.

Os anjos se escondem,
Não querem testemunhar
Tua alma ferida... sofrida.

É preciso fugir , gritar
Mas sufoca-se com o ar
Não se consegue reagir...

A tortura não se afasta,
Aquela sombra te abraça
É o fim... aceitas a desgraça

Com pena , o silêncio e a dor
Confirmam este desamor e
Mergulhas no precipício

(restou, somente , teu sacrifício)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vou te procurar...amor



Vou te procurar no céu azul,
Vou te procurar em todas as estrelas.

Vou te procurar em cada pôr do sol,
Vou te procurar na água transparente da fonte.

Vou te procurar em todas as flores,
Vou te procurar no beijo do beija-flor.

Vou te procurar nas árvores frondosas,
Vou te procurar no voo dos pássaros.

Vou te procurar no vento que me acaricia,
Vou te procurar na terra, nos meus passos.

Vou te procurar na lua cheia prateada,
Vou te procurar na noite iluminada.

Vou continuar te procurando,
Vou acabar te encontrando.

Então, vou parar de procurar
Pois encontrei a quem amar...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Será que preciso?


Preciso desvendar enigmas,
Segredos,
Sem medos...

Tanto azul a minha volta
O céu , o ar,  o mar
Pouco importa...

Gosto da incerteza,
Prato principal
Da minha mesa...

Amo a sinceridade,
Porque é nutriente
Da veracidade...

Como mistérios,
Vivem ocultas
As necessidades...

São as contingências,
E as circunstâncias
Que se mostram

Pouco importa...

Preciso desvendar enigmas,
Segredos,
Sem  medos

( de encarar a verdade)




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Perdoando...


Há instantes tristes
Que queremos esquecer
Aqueles em que choramos
Chocados sem compreender...

Quando somos feridos,
Por situações ou alguém
Sentimos muita vontade
De retribuir, ferir também...

A vingança é destrutiva,
É muito prejudicial,
Reflete contra o sujeito
Como um espelho do mal...

Sentimentos perigosos
O ódio, a ira , o rancor
Prejudicam somente
Quem os sente -  o sofredor.

O perdão não significa
Fraqueza ou veleidade,
É sim uma prática benéfica,
Nos devolve a liberdade...

Para preservar a sanidade,
Precisamos aprender a perdoar
Não somente por bondade
Mas, para a nós mesmos salvar...









segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Desencontros...

Tu partiste sem um adeus
Por que precisou ser assim?

Nunca te revelaste ser covarde
Tens algum medo de mim?

O amor é uma carência, sabemos
É falta, é vazio,  é assim...

Quão miserável me deixaste
Quando te desviaste de mim...

Mas, nós amantes superamos
A roda da fortuna gira assim...

Trouxe-me um novo amor,  apaixonante
Este, não consegue viver sem mim...

Vivo bem, estou feliz gosto de amar
Entrego-me inteira, sabes,  sou assim...

Voltaste... tarde demais querido
Prove, sofra a solidão sem mim...

Muito triste os desencontros
Por que precisou ser assim?