quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meu amanhã minha esperança...

Como espero o amanhã
Novo puro e intocado
Como um belo sonho
Quero-o feliz, realizado...

O futuro é imaginação
Um registro é o passado
O presente é vivência
O amanhã é o desejado...

Hoje, é momento vivido
Ontem , foi um hoje também
Só posso almejar e mudar
O amanhã,  meu precioso bem...

Como espero o amanhã
Com alegria e temperança
Adormeço sussurrando seu nome
Meu amanhã,  minha esperança...

terça-feira, 26 de abril de 2011

Uma radiante inspiração...


Grande é a formosura
Dos raios do sol nascendo
Grande é minha ventura
De sentir e ver acontecendo...

Grande é a minha pulsão
Sinto meu coração acelerando
No alto da minha colina
Percebo a vida se doando...

Presa nesse encantamento
A gente abarca a percepção
Abraça esse consentimento
Sem a mínima hesitação...

Este instante maravilhoso
Faz liberar todas as emoções
Um élan profundo e cheiroso
Perfume da radiante inspiração...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Sou a alma dos poetas...

Sou teu coração em chamas
Sou o punhal que te atinge
Sou a flor que tanto amas
Sou a dor que te aflige...

Sou teu céu, sou o luar
Sou a terra ,sou teu ar
Sou o vento e sou o mar
Sou tudo que queres amar...

Sou teu sonho de grandeza
Sou tua derrota sem glória
Sou teu choro sem limites
Sou teu grito de vitória...

Sou o derradeiro adeus
Sou a saudade infinita
Sou a luz dos olhos teus
Sou sombra, sou desdita...

Sou a tua felicidade
Sou teu desejo, teu clamor
Sou sempre a tua verdade
Sou como quiseres, amor...

Sou tudo que puderes pensar
Sou a musa , sou inspiração
Sou a alma dos poetas
Sou fonte, sou imaginação...

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Salve Homero... e seus épicos imortais



Salve o primeiro poeta do Ocidente
Um sábio cego, homem grego sem igual
Cantou o amor e a guerra em seus épicos
A vida sem tempo num canto belo genial...

Salve os versos do famoso Homero
Nascido em Argos, Quios ou Atenas
As armas da famosa guerra de Tróia
Dizem da Idade do Bronze Micênica...

Mas, seus mortos foram cremados
Desde Aquiles que o fogo extinguiu
Costume da Era do Ferro na Grécia
Será que este poeta realmente existiu?

Não interessa se o Poeta era Homero
Pois o épico da Odisséia é magistral
Os versos lindos seduzem e encantam
Tornando o bardo que os forjou, imortal.

Apreciem gregos, troianos ou Helena
Páris o príncipe, Menelau rei senhor
Este poema, conta a vida de muitos
Íliada, é o canto da guerra e do amor...

Vinte e quatro livros cada Poema
Vinte quatro letras o alfabeto grego
Odisséia ou Íliada...clássico inebriante
Homero fez jus à numerologia elegante...

Salve Homero, o primeiro poeta ocidental !
Salve a Poesia que nos legou este imortal !

terça-feira, 19 de abril de 2011

Universo meu aleatório e perverso...



Universo meu , aleatório e perverso
Que sempre conspira contra mim
Quero cobrar de ti uma resposta
Por que me odeias tanto assim?

Treme a terra com feroz violência
Ceifas vidas sem ter consciência
Levanta as águas de todos os mares
Afogas meu mundo e a minha existência...

Não quero testemunhar tudo isso
Universo meu , aleatório e perverso
Os entes humanos em ti se espelham
Destroem tudo na frente e no verso...

Por que me odeias tanto assim?
Por que me obrigas sempre a refletir?
Pergunto novamente com respeito,
Porque minha Era escolheste destruir?

Universo meu,  aleatório e perverso
Queria ser uma sereia ou quimera
Por que sou humana, Ser pensante?
Por que me aterrorizas nesta esfera?

( meu universo...o que ainda me espera? )

domingo, 17 de abril de 2011

O enigma...quem é você?

Quem é você?
Feliz e tranqüilo...

Quem é você?
Tão compassivo...

Quem é você?
Não magoa nunca...

Quem é você?
Não julga também...

Quem é você?
Que perdoa, sempre...

Quem é você?
Cheio de sentimentos...

Quem é você?
Luz dos momentos...

Quem é você?
Sábio e confiante...

Diga-me, quem é você?

Não entendeste, ainda?
Sou tua paz, teu querido,

Sou teu veraz e sincero amigo!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quem acordou o silêncio e os sentimentos?



Ruge o vento, chega a tempestade
No doce recanto onde mora a saudade.
Treme o amor... pulsa o coração
Sorri a viajante... a inconstante emoção.

Quem acordou na noite do silêncio
Aqueles sentimentos ora perdidos
Paralisados , ora esquecidos
Agora alertas,  não mais adormecidos?

Como se denomina este vento amigo?
Qual é o nome desta sábia tempestade?
São deuses? Criam mundos e realidades?

São eles os forjadores das dores e das alegrias
O vento, é o mágico Sonho, tão amado e desejado
A tempestade, é Imaginação criativa , o real pensado.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Queria Ser e Existir...

Queria Ser
Queria existir
Queria ser teu sentir...

Mas, nada sou ...

Queria ser o luar
Queria te iluminar
Queria ser tua luz ...

Mas, nada sou

Queria ser sentimento
Queria ser pensamento
Queria ser teu movimento...

Mas, nada sou

Sou nada, pequena
Sou vazia de concretude
Nada que valha a pena...

Sou o tudo do nada
Sou espaço e tempo
Sina ou fado, um momento...

Não sou real
Talvez, um ideal
Sinto-me mal...

Por ser tão virtual...

terça-feira, 5 de abril de 2011

O assassino do puro amor... um Otelo.

A chamas de vadia e depois de querida
Tens noção do que falas,  ser banal
O machismo violento desta tua vida
Será teu carrasco e o teu triste final.

Julgas mais do que a horrível inquisição
Pensas que o imaginar é uma traição
Acusas a mulher inocente, desta perfídia
Esta que queria ajudar-te dando a mão.

Precisavas viver , sentir e se emocionar
Ela te entendeu e permitiu tal pensar
Emprestou a alma para este teu voejar...

Não satisfeito, o homem possessivo
Ciumento e inseguro, como o infeliz Otelo
Ignorou a Luz e assassinou, friamente,  o Belo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Refletindo a vida... qual seu sentido?

Admiro pessoas desligadas, que não gostem de pensar em demasia, acho que as invejo também. Vivem o aqui e o agora , são felizes. Passado e futuro não existem. Não é errado viver assim, deve ser maravilhoso...

Mas, eu sou diferente, me apaixonei pelo pensamento e imaginação desde menina. Fui criada em escola internato. Carente, fugia daquela prisão pela leitura de livros - através dos pensamentos e da imaginação. Viciei minha mente. Qualquer instante da vida me leva a pensar, refletir e imaginar. Muitas vezes, demasiadamente, chega doer tamanho desassossego...

Dizem que nos pomos a pensar quando descobrimos que somos finitos, simples mortais. A partir daí busca-se através do pensar, o sentido da vida... e, de tudo mais.Respostas aparecem aos montes e variadas... vão se modificando com o passar dos séculos. O que permanece sempre é a mesma questão - Qual o sentido da vida?

Acho que é por isso que a razão nos abraçou, somos os únicos viventes que sabem que finalizam, morrem. Creio que filosofar/pensar não é só racionalizar (razão), mas é imaginação criadora – há séculos busca-se e encontram-se respostas, que se renovam sempre.

Entretanto, particularmente, acho que a vida não tem sentido algum. Quem tiver a sorte de nascer, crescer e morrer (um prêmio) com dignidade e respeito por esta vida (e tudo que vem com ela : época/sociedade/contexto) que é uma dádiva, venceu a eternidade... e existiu – eis o sentido.

Vou encerrar essa divagação/reflexão com pensamentos de Steiner e versos Heine (pertinentes).

Gosto deste pensamento de George Steiner :

“ Foi a mediação do imaginário, do inverificável (o poético), foram as possibilidades da ficção (mentira) e os saltos sintáticos para amanhãs sem fim que transformaram homens e mulheres, mulheres e homens, em charlatões, em murmuradores, em poetas, em metafísicos, em planejadores, em profetas e em rebeldes em face a morte”

Também amo estes versos de Heine:

E não deixamos de perguntar,
Uma vez e mais outra,
Até que um punhado de terra
Nos cale a boca...
Mas será isso uma resposta?