terça-feira, 23 de abril de 2013

Trilhas...


encontre-se
nas trilhas da aurora.

viaje nas asas do vento
beije o sol e ame a lua
deite-se com as estrelas
busque o atalho do querer
ignore o tempo voraz.

encontre-me
nas trilhas do crepúsculo.




segunda-feira, 22 de abril de 2013

[epílogos]

A noite desce devagar,

Uma melancolia abraça o Ser
As mãos se movimentam
Se ajuntando como numa prece

A cada final...

E, tudo que se vive
Não se pode esquecer
Tudo que se ama
Não se pode apreender

A areia da ampulheta da vida
Escorre nas mãos do tempo

O sofrimento e a felicidade
Desaparecem [esvaem]
Nas alternâncias do devir

Resta somente o cansaço
De saber que cada epílogo
Vem guardado nos começos

Que brotam sem cessar...









domingo, 21 de abril de 2013

O destino... é o mar

Caminha descalça na areia
Vaga triste e perdida, devagar
Deixa rastros, as pegadas
Na esperança de alguém a encontrar.

Sente o chamado do mar
Como um pai exigente
E, ouve o sussurrar das ondas

Mas, segue no seu caminhar...

Deseja ser encontrada
Antes que o mar a alcance
E a abrace pela beira
Carregando-a inteira...

O vento aparece,
Sorrindo vai apagando
Seus sinais na areia.  

Sopra em seus ouvidos
O canto mais antigo
Que desvela sua natureza
O seu elemento é água

Ela foi uma sereia...

Agora ela sabe,
Que não deve se lamentar
E sorrindo descobre
Que seu destino, agora

É retornar...


sábado, 13 de abril de 2013

O mar, as pedras e o vento


É com alegria que me banho no mar
E, deliciada sinto o vento na face
Acaricio as pedras do meu caminho

Ó como invejo estes elementos!

O mar, as pedras e o vento
Permanecem, como imortais
Neste mundo... sou passageira

[morredoura viajante]

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A segunda pele...



Penso no mundo natural
E nas belas paisagens
Desde as florestas e bosques
Até os mares e as montanhas

Penso nos animais
Que habitam o planeta
Espalhados nos elementos
Água, terra e ar...

Penso por fim
No homem, tentando
Se adequar nesta Terra
Suplantando todos os seres

Forjador de tecnologias
Que servem de segunda pele
Fazendo da sua espécie
Ontem, hoje e amanhã

Determinada e vitoriosa...


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Medo...


Um mergulho solitário na Natureza,
é hora de um crepúsculo mental
tudo é quietude, tudo é silêncio.

O coração acelera no peito amainado,
as lágrimas esquecidas reaparecem.
Hoje, há perversidade nesta hora
o agora paralisa este tempo, também.

A ampulheta começa a se derramar,
um vento forte açoita o medo
este, sem compaixão
sorri com desdém...





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Enigma...



A beleza e o sublime
Tecem prazeres sem fim
[fruição inimaginável]

Pois a linguagem do Belo
É a realização final da emoção
Lugar onde a razão não alcança
Nem sabe que existe, é enigma
Só desvendado ao sentir [coração]

terça-feira, 2 de abril de 2013

Chovem punhais...

Chovem punhais do céu de Marte
O deus da guerra está a postos
Titã , a lua , lança frias névoas
Saturno regela-se nesse compasso
Distante do Sol que aquece a Terra
Sementeira régia do sideral espaço.

Levantam-se montanhas, ao olhar
A flora enfeita as belas paisagens
Netuno governa oceanos e mares
Ninfas dançam nos bosques e lagos
Animais habitam todos os lados
Povoando a terra, a água e o ar.

Prometeu, doa ao homo, o fogo divino
Evolução e domínio - é o progresso
Destronados os deuses do Olimpo
A razão ordena o novo mundo-projeto
A ciência e a técnica, tronam o racional
‘Converso deus’, senhor deste universo.

Chovem punhais do céu da Terra...