terça-feira, 30 de setembro de 2014

Simplesmente


 
Não sei por que,
o sol brilha
doando
 
Vida!
 
Não sei por que,
a noite de luar
desnuda
 
pulsões ... 
 
 
Não sei por que, 
meu coração
dispara
 
Vibra!
 
Não sei por que,
seu olhar
derrama
 
emoções...
 
 
Não sei por que,
preciso tanto
de você
 
Amor!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Alquimia...

o um e o dois 
são necessários,
 - eu e o outro -
do três em diante,
é arbitrariedade
do bicho homem,
sociabilidade...
 
a linguagem,
é a passagem
do natural,
para o artificial
- o cultural -
superação,
da animalidade...
 
- o cultural - 
com certeza,
invade tudo...
contamina
a natureza
com códigos,
racionalidade...
 
planta sem raiz,
fugaz, efêmera
a cultura, é muda
metamorfósica...
nata brotação, 
da insatisfação
do bicho homem...
 
existência,
sem segurança...
construção,
sem confiança,
o bicho homem
sofre da falta,
quer sempre mais....
 
constrói,
seu mundo
na destruição
do natural,
do estável...
assim faz
em toda parte...
 
insatisfeito,
angustiado
cria Arte, ilusão...
uma alquimia,
do desejo
com a realidade
forja de alegria...
 
sublima toda
frustração,
nesse fazer...
com a razão,
é uni.verso !
é linguagem ! 
é super.ação !
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Hymne a l'amour



ouvindo o som dos violinos, 
me perdi no bosque das estrelas
as dúvidas me cegavam, totalmente... 

senti o toque dos anjos, no céu infinito
sem margens, que cobria meu pequeno mundo 
como um lençol de linho, bordado de cristais. 

as cores do arco - íris fluíam 
através das múltiplas faces dos cristais. 
sabia que precisava buscar o caminho de volta para o ‘amor’, 

esta perdição tinha que se desvanecer, ter um fim.

então, deslizei nos tons rosáceos do arco 
pousei no nosso jardim... as rosas
com seus perfumes , seriam meu guia.

assim , reencontraria o caminho 
que me levaria até você... meu amor!

teu carinho, foi a chave mestra, que abriu meu coração.
as dúvidas se esvaneceram com teu abraço, forte.

retomaríamos a jornada juntos,
os violinos, agora, tocavam “ hymne a l´amour”

... a voz de ‘piaf ‘ , alcançava as estrelas.


domingo, 14 de setembro de 2014

Abismo...

 
às margens 
do infinito,
se escondem 
os olhos fundos,
das sombras... 
sem piedade, 
revelam
os mistérios 
ocultos...
 
é chegada, 
a hora da verdade.
a imaginação
não resiste,
cava fundo
meu interior
salivando
desespero
e dor...
 
as lágrimas,
pingos do mar
que me habita
gritam...
sopram o som
da esfinge,
obreira 
do enigma,
morte...
 
a morada,
construida
com carne
e ossos,
pedras
de sangue,
areias
movediças,
vai ruir...
 
é inevitável,
a sina
anunciada...
num instante,
tudo se descerra.
abre-se,
a eternidade,
o abismo
espera...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Por nós...

por nós,
chora o céu 
tristonho
lágrimas inundam
o caos medonho
que nosso mundo
abraçou...
 
por nós,
choram os sinos
da catedral
vibram em tristes
responsos
enquanto quedam
todos os sonhos
que sustentavam
nosso amor...
 
 
por nós,
choram os anjos
ruflam asas ao longe 
num mar de nuvens
se desvanecem
afogando meu grito
a minha voz...

domingo, 7 de setembro de 2014

Canto de eterna gratidão...

 
 
aprendi a te amar
ó tempo!
tanto me deste,,, dás
hoje sei, te agradeço...
 
fui criança infeliz,
faltou-me amor, família
mas, tu
nunca me faltaste...
 
fui jovem guerreira,
me deste forças, lutei
foste mestre
incansável...
 
madura, tudo superei
me ofertaste datas
sonhos , alegrias
jamais me abandonaste...
 
hoje, aqui estou , abnegada
reconhecida
me rendo
me leves onde quiseres...
 
te amo tanto... sinto tanto
quero me fundir em ti
me perder... inteira
ou em pedaços...
 
venci minhas possibilidades,
cumpri minha jornada
me entrego a ti... grata
voo feliz em teus braços...

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

O Belo - ligação e conexão


 é inegável o pendor que o homem traz
seu gênio, seu construto, seu talento
ficou o rastro, ruinas da sua passagem
nos séculos passados... lá atrás ...
 
a natureza, a cultura, a história
conectadas nas artes, na ciência
o natural e o artificial se enlaçam
para suprir o ‘homo’ na sua existência ...
 
mas tudo passa, se desmancha no tempo
o homem novo é outro , neste agora
do antigo apaga até a memória, renova
cada época alimenta seu momento ...
 
neste divagar elevo os olhos ao céu, admirado
lá no espaço está o permanente, não fugaz
o pôr- do- sol, que antecede o luar, nesta noite
é o mesmo Belo que deleitou o ‘homem-passado’...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O convite do coração

 
 
 não tem tempo, não tem hora
o convite vem do coração.
 
...e a busca pelo bem, pela paz
pela sabedoria e tranquilidade
jamais vai embora...
 
uma procura incessante
pelo invisível, o lume...
 
aquilo que esclarece, brilha
na alma da gente... uma paz
um bem estar, contagiantes.
 
uma luz que habita dentro,
‘chama’ do autoconhecimento
que atrai o iluminado...
 
vê... sem precisar olhar
escuta... sem precisar ouvir
sente e usufrui, sem esgotar...
 
seu valor surge no momento,
do aqui e do agora... na feliz decisão 
de encontrar esta “luz preciosa”
( todo entendimento e compreensão)
 
porque , é o futuro que rege todo presente
(o instante que a alma se eterniza)
O tempo é ...e sempre foi eternidade.
 
ontem, hoje e amanhã, ilusões que vestem
toda nossa misteriosa e passageira
 
realidade...
 
 
 

Ser poeta , é ser feliz... escrever é prazer!

 
 
O olhar não cessa de ‘pensar’, 
As belezas ou tristezas que apreende
 
A memória guarda todo ‘olhar’...
 
O pensamento não para de fluir,
Os momentos estão sempre ali
 
Nas asas deste prazer, deste voar...
 
A música não cessa de tocar
Se entrega, prisioneira do sentir
 
A melodia vive , é atemporal...
 
As emoções se repetem, corporais
A química do corpo abastece
 
O pensar... que não cessa de fluir...
 
Os olhos não cessam de buscar,
Os ouvidos não cessam de escutar
 
O tempo não cessa de correr...
 
Os sentimentos se nominam assim
Alegria, prazer, medo, dor...percepções,
 
Das emoções - olhar, ouvir, sentir...
 
Os pensamentos se enlaçam , sem cessar
Não se consegue dominar tanto poder 
 
Imaginar -  é criar , é doar... é reter.
 
Logo, as mãos não cessam de escrever,
Conspiram com o derrame de pensar
 
Sufocam o fenômeno do esquecer...
 
Incólome, o poema eterniza o sentir
Que se re.cria no’ olhar’ do espectador
 
Desviando-se do caminho ( do autor), é abertura...
 
Se porventura morrer poetizando,
O poeta segue feliz para nova aventura -
 
O encontro com Homero e semelhantes...