quinta-feira, 30 de junho de 2011

O jardim de flor e amor...



Das flores sinto o perfume
Dos gerânios o encarnado
Das violetas o roxo intenso
Dos cravos o beija-flor alado
As orquídeas multicolores
Abraçam as árvores frondosas
Que lhe acolhem amorosas
Numa simbiose deliciosa

A Rosa rara ( maria )
Preciosa flor rainha
Do grandioso jardim
Cultiva amor amizade
Coração alegria felicidade

Surge uma vontade
De sorrir e de chorar,
Observando tanta beleza
Tanta natureza verdade
Nestas mágicas imagens
A desvelar sentimentos
Toda nossa emoção
Nestes doces momentos


Dedicatória à amiga Rosamaria

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Fênix e o Destino... eternos imortais.


Chorando percorria os sepulcros, acompanhada da irmã que olhava os jazigos com indiferença. Era uma despedida. O pai esperava atento na entrada do Panteão. Ela se lamentava “gosto tanto daqui não queria ir embora” e as lágrimas escorriam em sua face. A outra respondia ”para mim tanto faz, sou neutra”. Ali estavam enterrados todos os companheiros e companheiras das gêmeas: a amizade, o respeito, a compaixão, a lealdade, a dignidade, a nobreza, a solidariedade, os que restaram seriam dizimados pelos, agora, vitoriosos senhores - Estados Grandes Otimizados Solitários (EGOS) – seres lobotomizados, sem emoções cruéis e torturadores...

Tinham derrubado o último baluarte, assassinado o chefe da resistência. O sepultamento era do AMOR, não resistira e sucumbira também. Assim, este planeta ficava entregue aos grandes EGOS, frios assassinos famintos - devoravam as virtudes e as emoções que restaram com imenso prazer...


O pai gritou “venham meninas, está amanhecendo, o planeta vermelho nos espera”. Assim partiram para sempre com a eterna amiga FÊNIX (marciana há tempos, era filha do Fogo) - o senhor DESTINO e suas filhas gêmeas, ESPERANÇA chorosa e a SORTE indiferente, em busca de seres menos brutais...

A FÊNIX, sempre discreta, não relatara aos amigos que há tempos tinha levado os senhores do OLIMPO e PANDORA para o belo planeta que se esfriara dando condições de um novo mundo acontecer - O ciclo iria se repetir? - deuses, semi-deuses, heróis, mitos,homens...progresso. Porque ali em Marte aportavam os estrangeiros viajantes que buscavam a salvação. Lembrou-se, também, que esse fenômeno já tinha acontecido milhões de anos atrás aqui na Terra. Afinal a bela FÊNIX era eterna ... imortal.


ALICE LUCONI NASSIF

domingo, 26 de junho de 2011

Um instante de escuridão...

As fadas más me acompanham
Desde minha origem nascimento
A adversidade é companheira matreira
Fraqueza fragilidade muita tristeza
Sempre nos braços da desventura
Só me resta benzer minha maldição
Voar nos braços do anjo negro
Para o íntimo o fundo a profundidade
Para questionar a alma ou o coração
Que não respondem a nenhum apelo
Com isto dilaceram quem busca a Verdade
Porque quando se encontra algo - é assustador
É a pulsão da morte a finitude pura insanidade
Melhor dormir sonhar imaginar que existe amor...

sábado, 25 de junho de 2011

Todo meu ser se transfigurou...

Caminhando nesta estrada
Vou perdendo meus pedaços
Foi-se as ilusões e os ideais
Não eram reais só virtuais
Ocupavam espaços demais...

Continuo e sinto algo
Se despedaçando assim
Machucou sangrou feriu
Era a confiança e o amor
Arrancados à força de mim...

A estrada se retirou
Sumiu... e o abismo
Devagar se aproximou
Minha alma me abandonou
E o meu corpo mergulhou...

Antes de me estraçalhar
Algo delicado me amparou
Voamos fundidos abraçados
Como dois seres alados
Era a esperança me salvou

Voltei a ser inteira a dor findou
E todo meu ser se transfigurou...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um viver sem amor é precário e triste

Não vale mais a pena insistir
Em um amor egoísta e ingrato...

Confesso que não queria desistir
Mas as desilusões me forçam a isso
As renúncias foram demasiadas
Cansei desta repetição insensata...

Antes gostava de lutar de rebater
Isto era prova de bem querer em mim
Para meu pensar meu refletir meu sentir
O meu silêncio minha indiferença são provas
Que o vínculo quebrou e o amor exauriu...

Porque gastar tempo com quem
Não enxerga a beleza e nem escuta mais
O som deste sentimento que agora agoniza
Um lamento tristonho angustiado
Morre a esperança e morre o amor...

Um viver sem amor é precário e triste
Só sombras vivem assim... infelizes
Não quero mais isso para mim...

Hoje consciente
Re-aprendi a amar...

Amo o sol amo as nuvens
Amo o vento amo o céu azul
Amo tudo que brota da Natureza
Porque natureza eu também sou...

Sombras escuridão cavernas não me atraem
Nem para esconderijo quando minha alma sofre
Chora e se lamenta... num momento infeliz
Porque aprendi a me amar me respeitar...

Preciso saber superar este agora
Seguir o que meu coração diz
Ser forte deixar a dor ir embora...

Aprendi a fugir de qualquer coisa que imponha
Ou insinue o oposto para meu modo de ser
Minha essência se purificou não é mais belicosa
Deseja amar doar sentir e muito amor fruir
Para no final da vida na paz na harmonia
Livre e realizada... suavemente se extinguir

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Amar... sempre vale a pena

Estamos a nos rodear
Com palavras ardentes
Como presentes...

Mas, sabemos
Para onde isso
Vai nos levar
A nenhum lugar
Real...

Mas,
Ficamos felizes
Com o imaginar
Com aquilo
Que podemos
Viver e contar...

Existimos
Nos conhecemos
Viajamos no pensar
Nos amamos no sonhar...

Com certeza
Vale a pena
Para nós dois
Qualquer modo
De AMAR...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O elogio, o gosto e a razão...

A razão,
Também chamada de bom senso
É naturalmente igual
Em todos os homens
A capacidade de bem julgar
E distinguir o verdadeiro do falso
Todos a recebem ao nascer existir

Gostos não se discutem
Se respeitam
Porque o gosto é a faculdade
De julgar um objeto
Ou um modo de representação
Sem nenhum interesse
Por uma satisfação pessoal
Bem particular...

E quando elogiamos alguém
Ou um trabalho
É porque este nos agrada
Quer dizer gostamos
Nos proporciona satisfação
Este elogio é um agradecimento
Pelo deleite que fruímos
É também a demonstração
Para os demais
Dessa nossa apreciação...

Gosto elogio é meu é teu
Sempre único pessoal
Jamais coletivo universal
Nunca o queira julgar
Pois será em vão infeliz
Teu curioso desejar...

Logo,
A liberdade de expressão
O respeito à opinião
Torna-se nesta questão
O quesito principal...

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Homem ingrato...


Cai uma por uma todas verdades
Cai toda convicção ingênua
Cai todos sonhos inocentes
Cai o mito da lealdade
Vence o falso a deslealdade

Sempre é assim quando se doa
Afeto para alguns corações
Pseudo amigos amores irreais
Que se nutrem de sentimentos
Consumindo devorando emoções

Sempre avisaram destes perigos
Mas os puros desacreditaram
Hoje pagam a conta que negaram
Guiados talvez pelas carências
Vencidos se sentem atraiçoados

Cai uma por uma todas virtudes
O Homem se mostra integralmente
Seduzido pelos vícios e traições
Desvela sua origem sua criação
Descendente da Eva e do Adão

(condenados pela inveja e ingratidão)

domingo, 19 de junho de 2011

Minhas necessidades...

Quero imaginar
Acreditando

Quero andar
Cansando

Quero falar
Sussurrando

Quero abraçar
Apertando

Quero cantar
Dançando

Quero beijar
Suspirando

Quero fazer amor
Gostando e...

Preciso estar sempre
Amando

Necessidades minhas
Vitais... essenciais

terça-feira, 14 de junho de 2011

A tua imagem é o teu amor...

Como a tua imagem
Está em mim
Quer acordada
Quer sonhando...

Ela se aninhou na minha alma...

Se fecho meus olhos
Sempre te vejo
Minha visão interior
Absorve-te por inteiro...

Te acomodas no meu coração...

Derramas-te
Sobre meu sentir
Como uma chuva
De puro amor a fluir...

Gosto que seja assim...

Envolves os meus sentidos
Enches o meu intelecto
Nada me parece incerto...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pensando o poeta...

A beleza da poesia é o imprevisto
É na execução que nasce a beleza
Procura-se a palavra certa
O poeta tem esse dom, essa natureza
Encontra a verdade e a harmonia
No seu intimo e na sua intuição
E deste encontro nasce a sua poesia
Pois o poeta fala com o coração
Assim era Homero, um poeta
Um pensador e um gigante na sua execução
Sempre ultrapassando com a inspiração
A própria concepção. Assim são os poetas
Trazem aos homens muito amor
Recriam a vida pela imaginação
Colhem seus versos nos pomares da esperança
Onde nascem como uma bela e eficaz oração...

domingo, 12 de junho de 2011

Surpresa final...

Sobre nosso céu,
Jamais pairou uma nuvem.
Instantes profundos vivenciamos...

Mas, como tudo finaliza
Nosso momento passou
Não foi a dúvida que nos separou
Foram as nossas certezas...

Temos medo da verdade e do porvir
São eles que geram a abundância
Ou o vazio que nos devora
O viver é sempre assim...

Devagar, estes apagam a chama
Que um dia em nós existiu
Então, descobrimos surpresos
Que o amor tem inicio e fim.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ah! Se eu soubesse onde se esconde a minh´alma...

Ah! Como gostaria de descobrir
Onde se esconde a minh´alma...

A invisibilidade do meu Ser
Potência vital do corpo
A fonte das minhas emoções
Dos meus sentimentos
Das minhas sensações
Dos meus pensamentos
Todos, que regem meu viver...

Queria sussurrar para ela
Devagar, carinhosamente...

Só tu podes me salvar!
Jorrando a vontade, o interesse
O motivo, o amor, a necessidade
Que nutre a vida, o coração...

Controlas minha razão
Minha caprichosa mente
Tenho por ti enorme paixão...

Ah! Se algum poder eu tivesse
Soubesse onde minh´alma se refugia
Lá no fundo profundo do meu Ser
Para ela confessaria...

Se sou pura química, energia
Que te nutre , te irradia
Tenhas pena de mim
Fiques no pólo positivo
Me faça semear o Bem
Me abrace com carinho
Quero amar, quero paz, harmonia...

Neutralize o pólo negativo
Ele deve existir? Tudo bem
Adormeça-o, não o deixes
Despertar, fugir do abrigo
Escondido contigo...

Me ilumines, afastes de mim
O cálice do fel , sofrimento
Não quero maltratar, magoar
Não quero sofrer nem chorar...

Me ajudes a ser inteira, não metade
Verdadeira, autêntica, não aparência
Quero saber semear a felicidade
Quero plantar carinhos, colher afagos
Quero encontrar minha Verdade...


Ah! Se eu soubesse onde se esconde
A minh´alma...

(adormeceria segura nos seus braços)

Poesia é magia... com(paixão)


Quando
Escrevo
A dor
O sofrer
Se apaixona
E abraça
As palavras.

Só neste
Instante
Esta dor
Liberta
A alma
O corpo
O coração.

Poesia,
Além de
Magia
É também
Compaixão
Por mim
Por ti...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amor fati...

Os outros a nos olhar
Dizem aquilo que somos
Queremos também enxergar
Tudo aquilo que fomos.
Fazemo-nos humanos
Com os outros racionais
Aqueles que reconhecemos
Como seres... nossos iguais.

Quem aceita aquilo que é
Respeita qualquer contrário,
Vive o presente e tem fé
Sabe amar o necessário.
Quando tudo assim acontece
A vida corre placidamente
O homem então se engrandece
Pois aprendeu a viver, plenamente.

domingo, 5 de junho de 2011

Uma nova mulher...


Sofro,
Porque conheço meu fado
Tremo, sinto calafrios
Venci, derrotei o vazio.

Fui exilada,
Não me importa mais
Desisti, transgredi
Reagi... fui assim!

Matei de um só golpe
A carência
Que tinham plantado
Em mim.

Em tempo algum
Nenhum sentimento
Deve ser maior
Que nossa liberdade.

Nenhum efeito
Deve ser maior
Que aquilo que o causou.

Libertei-me... sou outra!
Renasci no ato da revolta.

Quando perguntarem
Direi que não existo mais
Alforriei-me, sou livre.

Tornei-me uma alma
Iluminada, corajosa e feliz
A noite de outrora acabou.

O presente (agora) me diz
Que aquela mulher sofrida
Se foi , desvaneceu-se
Com o nascer da aurora...

sábado, 4 de junho de 2011

Puro medo de te perder...



Não existe nada melhor que amar
Nem existe nada superior de saber-se amada
Me perdoe se duvidei, escancarei, sou assim
Barulhenta,  insegura, bem apressada...

Às vezes, não dou conta do desassossego
É puro medo de não te sentir mais
Porque vazios me assustam, demais
Trazem escuridão junto com a solidão...

Sou incomoda, sei disso, instigo e insisto
Acho que este amor nem deveria acontecer
Tudo tão irreal e distante, mas
Tenho muito medo de te perder.

Poderás um dia me perdoar?
Por te desejar e te querer?
Por tanto te amar?

Nem eu consigo me absolver...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Perigosos venenos...



Nada pode nos haurir
Mais rápido, do que
As emoções de mágoa
E de ressentimento.
Estas, são venenos
Para nossa alma frágil.

E, esses sentimentos
Devem ser vencidos
Ou adormecidos
Pelo espírito forte
Onde o pulsar da vida
Deve prevalecer... sempre.

A vida salva e cura
O antídoto, contra este
Perigoso envenenar.

(o ódio destrói tudo, menos a si mesmo)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sussurros...


Cuidado,
Com o sussurrar
Da nostalgia
Que o passado foi melhor.

Cuidado,
Com o sussurrar
Da esperança
Que o futuro será melhor.

Na verdade, ambas mentem.

Mentiras têm mil faces
São super interessantes
A verdade é sem graça
Uma só, insignificante.

Mas, o que vale para nós
É o presente
Os nossos instantes.

Estes sussurros
Que são marcantes
Porque , são fontes do viver
Momentos significativos
Que geram a energia vital
Permanente e incessante.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Momentos meus ... momentos teus.

Há momentos na vida
Que nos enviam aos céus.

Sentimos tanta alegria
Que esquecemos o sofrer
Ignoramos a dor, e
Banimos a melancolia.

Estes instantes são aqueles
Que superamos nossas mágoas
Sentimos que estamos libertos
Nossas correntes se romperam
A vida se mostra plena para nós.

Leves e livres , levitamos
Conseguimos voar
Nos afastamos da seara
Onde deixamos os sofrimentos
Para estes, simplesmente
Acenamos... adeus!!

(momentos meus... momentos teus)