sábado, 30 de novembro de 2013

Amor , uma palavra ...


o amor é o nome de um afeto
só uma ‘palavra’ com múltiplas significações
uma ‘bomba’ que explode em pulsões
da tensão entre união e desligamento
sendo sempre,   encontro e separação.

um afeto que dobra e se desdobra
alivio e prazer,  dor e sofrimento
no  excesso pulsional  é perdição
o ódio nada mais é que um e.feito
só odeia quem ‘conheceu’ a paixão.

o amor  tem face dupla , dois polos
uma ‘palavra’ energizada  no vai e vem
dos sentires que o ‘afeto’  traz, tem.

amar ou odiar estão na mesma estrada
o segredo, equilíbrio da força pulsional
que dará direção e  sentido, consentidos

no caminhar do Ser... passional.










quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Per.versos meus...


ao acreditar que tenho o que precisas
que trago escondido o que te completa
tua carência jamais será suprida, pois
continuarás a desconhecer o que te falta.

o véu que encobre teu céu jamais será desvelado
uma paixão imaginária , não é amor, é ilusão
[nem sempre o que falta a um está oculto no outro]
...e, negar a realidade é cevar obsessões.

não sou aquilo que desejas, nem és um desejo meu
somos naves extraviadas , navegantes
no abissal  mar ... das desilusões.












sábado, 23 de novembro de 2013

Consciência da inconsciência...


quando (me) nasci era esperança, era  dia
era primavera  e também verão , era vida
uma magia do arco-iris,  cores e calor
existia  uma alma inteira num ‘corpo são’
nutrindo  minha  ‘existência ‘, de paixão e amor...

quando me perdi no frio da bruma, era noite
o nevoeiro chegou ,  tudo envolveu,  a cor se esvaiu
e, nesta jornada já não restou a magia, só o prisma
a luz branca é fria , revela que não há perdição
foi-se o reflexo da cor e da esperança, era só ilusão...

 a alma , surpresa , se rompe em  duas,  quer ”olhar”
uma olha de fora para dentro,  ‘vê’ decomposição
a outra olha de dentro para fora , ‘sente’  toda inversão
então,  a dor aflora no Ser que se percebe ‘ temporal’,
seu peito aperta e suas lágrimas começam a rolar...

[ as almas se (re)unem e ficam a ‘esperar’... ]









domingo, 17 de novembro de 2013

Ambientação...


o luar e o mar , enternecem...

o olhar turva, os lábios tremem
provando  o fio da lágrima  
o coração acelera ,  falta ar
uma zonzeira se abriga

 é pulsão da vida...sinais.

ambientação ,
‘sentires’  à flor da pele
[altitude e longitude]
energia e força , aguçadas

muito se ama por cá...

neste éden,  interior
alcançado  [ afortunadamente]
há um mar de sensações
ali, o amor desejou habitar.


... (o) querer será sempre
(o) poder que,  no ‘ser’ afortunado,  há.





















terça-feira, 12 de novembro de 2013

A espera, insiste...


é dia ainda, o crepúsculo se anuncia
caminho na areia da praia e olho o mar
um momento único, aprisionado
e, logo, liberto nas asas da imaginação
na espera de entender  e apreender‘ tudo’...

o oceano , qualquer um, sinaliza vitalidade
[atrai o olhar, o sentir , o admirar – é alegria]
foi ali que tudo começou e ali tudo irá terminar
as águas são testemunhas oculares do milagre -
quando elementos primordiais tornaram-se vida.

...esta vida gerou o ser mais precioso, o homem
nele ‘tudo’  há  - a água , o ar, o fogo e a terra -
sua energia vital  vagueia no espaço e tempo
deste imenso universo , inescrutável.

inescrutável  como ele próprio,
porque  é neste ser precioso
que habitam todas as invisibilidades
[ alma e espírito  - emoções e pensamentos]
que sustentam  possibilidades e probabilidades
da existência  continua da ‘humanidade’...

... para perpetuar [e entender]  esta vida que o anima
o homem cria e recria mundos , persiste e insiste
é essência de metamorfoses, um guerreiro
que jamais desiste...

que  tipo de  ‘mundo’ existiria sem o homem?
um mundo incompleto e imperfeito...

 a noite chega com seu céu estrelado, há luar
a maré sobe e chega aos meus pés, recuo
deixo de pensar e sentir, ouço meu mundo, é outono
momento de contar os grãos da areia –
nos rastros da felicidade de existir

tudo  é tão subliminar, maior

a espera,  insiste...