sábado, 31 de dezembro de 2011

O atrás... corre na frente

Corre a Vida
Correm as imagens
Tudo transcorre
Neste movimento circular

Aproxima-se o limite
A fronteira final
Deste diâmetro vital

Parece que o agora
É o atrás... que (re)corre na frente
Já não existe o novo
Só a repetição...

Começa o suave recordar
Isto é a emoção do porvir
Um imperativo retornar

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Caminhos... da felicidade

Todos têm caminhos a percorrer
Tu tens o teu... eu tenho o meu
Não existe um único caminho

E a vida é maravilhosa
Quando não precisamos
Fazer comparações e
Disputar competições tolas
De convicções...

Só precisa-se saber
Que o amor é a pura Luz
Que ilumina nosso caminho

E a felicidade é esta jornada
Os objetivos contínuos
Nunca uma meta
Ou uma “chegada”...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Escolhas...solidão

Quando a vida amanhece
Despertas
Procuras alguém para sussurrar
Bom dia!

Mas, na multidão que transitas
Ninguém te (re) conhece mais

Estás invisível
Na tua individualidade
No teu egoísmo
Na tua convicção
Que te aprisionou...

Tuas escolhas,
Esquecestes?

Sozinho ... te lamentas
Da tua solidão
Nesta multidão

E voltas a adormecer
Na escuridão
Do teu umbigo

Vida é mundo
Coletividade

É conexão para evoluir
Na diversidade

Fogo ardente que
Alimenta toda
Humanidade...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

... (des)confiança

Que momento insano,
Regado de triste melancolia.
Abandonada e só fiquei
Sem ter para onde olhar
Ou ir...

No conflito revelado,
Um dizia ter razão
O outro que razão tinha.
Não sabia a quem ouvir
Mas, sabia que eram mentiras.

A dor foi crescendo tanto
Que senti o coração parar.

Liberto,
O espírito para longe foi
Mas, preferiu retornar.
A matéria o recebeu
E algo se foi... se perdeu.

O que me restou?
Valerá a pena?

É preciso refletir
E não mais confiar
Incondicionalmente...

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

[não se perca no tempo]

Sempre que retornares
não me irás encontrar.
Estarei distante... nas estrelas
lá é o meu lugar.

Mas,

O importante
é saberes ,
que não são os começos
o importante.
Eles são acasos.

São os finais,
no teu eterno buscar
que valem a pena.

As tuas escolhas
que irão desvelar para ti,
o teu caminho e
a tua Verdade.

O devir e o porvir,
o presente e o futuro
que sempre importam.

Para trás basta o “olhar”
...não se perca no tempo.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

[meu segredo...]

Como consegui asas
que me levassem às alturas?

Alcancei a grande montanha,
onde estava a nascente do amor
escondida.

Essa fonte que jorra em mim
o prazer, as emoções e os afetos

Mas, deve-se ser prudente e
aproximar-se devagar,
suavemente.

Ensinar o coração a voar,
para não ultrapassar os limites
e se desviar deste tesouro.

Ouro que me banha ternamente,
e me desvela como bem amar.

Convidando a alma
a flutuar... a navegar... ou

... é meu segredo

domingo, 25 de dezembro de 2011

Só a Verdade...

Que bom seria se o amor reinasse
em todos corações...da humanidade
e todos se respeitassem.

Que bom seria se o rancor e a inveja
desaparecessem e só a cordialidade
tocasse a alma da gente.

Que bom seria poder ser inteira,
não precisar esconder uma metade.
E forjar só canções de sinceridade.

Que bom seria redimir-se e perdoar
não precisar sofrer ... superar.
Fazer florescer e viver só a Verdade.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Momentos de ilusão

Quando se quer fugir
De um modo único
De ser... um viver
Que faz a alma infeliz

Leva-se o coração nas mãos
Junta todos os afetos
Mistura-se com a ilusão
E foge-se para longe

Neste vagar e navegar
Aporta-se num belo lugar
Para descansar e sentir
Tudo... neste novo olhar

Então, algo toca seu ombro
Vira-se...é o azar

É a tua verdade te buscando
Tua realidade que chega
Para te devorar
Bem devagar...

O sonho acabou
E ali acontece a rendição
Sem nada reclamar...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Os céus do Poeta

Muitos fragmentos da alma
Centelhas dos corações
Buscam o caminho do céu

E amo todos os céus
Que percebo no olhar
Neste refletir e sentir...

Cintilam no céu na eterna busca
Mas, retornam no hálito do tempo
No sopro do vento... da Vida
Que só se encontra por aqui

No amor e na inspiração
Do Poeta...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

MISSÃO

Quando leio-te
os meus olhos transitam
entre o gesto e a atitude
de saborear-te
como a uma bela oferenda.
Quando abro-me
aos pensamentos que viajam
e voltam pedindo
para que fiques em mim
é preciosamente a tua alma
realmente humana,
capaz de desejos,
capaz de amar
que abraça-me a alma
e os corpos desnudam-se
e entregam à missão
de em tudo ressurgir...

DO MEU PRECIOSO AMIGO POETA E ESCRITOR CEZAR UBALDO

Dedicado à escritora Alice Nassif

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Como poderia te abraçar?

Se não olhas os lírios do campo
Não mergulhas nas águas das fontes
Não levantas os olhos para o céu
Para admirar a beleza
Das estrelas e do luar
Perceber a Natureza plena
E sentir o tamanho do Amor...

Sou emoção ... és racional
Diferenças (in) decifráveis
Só existo no teu coração
Mas, flutuas na imaginação
Fugacidade é tua marca imagem
Vagueias na instabilidade
Das circunstâncias do teu desejo

Como poderia(eu)te abraçar?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Cultivando sonhos...

Os sonhos são confiáveis
Dóceis lindos e desejados
Nossos filhos nossos amores
Que no coração se abrigam

São sementes de primavera
Escondidas do gelo do inverno
No profundo da esperança
Adormecidos felizes e calmos

Brotam como flores d´ alma
No jardim das possíveis verdades
Que se cultiva com zelo e carinho
Para o futuro acontecer

O teu... o meu sonho
Quem sabe o nosso ?
Caso cultive-os também...

Porque o amanhã é sempre
O sonho do hoje...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Águas preciosas...nosso devir

Caminho no meu regato
De águas transparentes
E sempre em movimento
Quero me refrescar e pensar...

Esta minha água se movimenta
Clara e fresca, precisa ondular...

Os estágios da vida são
Nascer, crescer e morrer
Viver, viver e viver
Evoluir...

Um tempo para cada propósito
A verdade é relativa
A razão pode falhar
Sabedoria não é conhecimento
Não exagerar pode ajudar...

As respostas vêm me encontrar
Não as preciso procurar...

Mas, é água pura
Límpida que renova
Sempre em devir
Um saber viver para amar...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O olhar...

Sobe a montanha
E fica a olhar o mar
Que sussurra devagar
No marulhar das ondas
Convida a navegar

E os olhos choram
A fome dos lábios
Que celebram o vôo
Nas asas da doce voz
Que busca um lugar
Para se aninhar

O coração explode
De sonhos... neste olhar
E deixa que naveguem
Estes tão alucinados
Para o lindo azul do mar

Na direção do crepúsculo
Talvez, da aurora
Do começo até o fim
Deste instigante
Vivenciar...olhar

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Minha música...

No silêncio ouvi
Era o dedilhar de um piano
Aquela música era linda
Eu a sentia tanto que doía
A emoção sufocava
Então, comecei a chorar

O sentimento forte demais
Sem poder se mostrar
Maltratou-me... eu sangrava
Parecia uma profanação

Amava a música
E algo nela
Tocou fundo no meu ser
E estava partindo meu coração

Será que alguém mais a ouviu?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Eutanásia

Ela precisava acabar
E sabia disso
Pois contaminava o corpo inteiro
Como uma praga
Exterminava o senso
E o puro coração
Só lhe fiz um favor
Deixando-a morrer

O ego sofreu bastante
Quando a Vaidade pereceu
Mas, diminuto
Sobreviveu...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ah, bendita dicotomia! Bendita razão!

Sabes, não interessa saber como ou quando tudo termina. A gente sente o deserto que avança se apossando da alma e devorando tudo. Aquilo que era importante e colorido, agora é desbotado e indiferente. A cabeça ferve cheia de questionamentos, pois os sentimentos não existem mais... desvaneceram.

Como um gesto infeliz, uma atitude irresponsável, palavras(mal) ditas, um silêncio eterno ou uma omissão podem causar tanto dano às emoções (positivas)? Estas açoitadas e doridas se transformam num mal-estar que traz náusea ao Ser.

Emoções são assim, instáveis e desapegadas. Se “afetam” com todos os “acontecimentos” e “descomprometidas” somem... Assim como doam prazeres, alegrias ou dores e sofrimentos , também retiram tudo... E, de repente não se sente mais carinho, não se sente raiva, não se sente tristeza. É muito pior, porque não se sente mais nada ...só um enorme vazio.

Mas, o que salva é o pensamento dual que nutre uma razão esperançosa que surge nestes momentos quando a emoção(irracional) desaparece.Este dualismo afirma que para existir a noite deve haver o dia, para existir o mal deve haver o bem, para existir a escuridão deve haver a luz e para este vazio existe o oposto, uma plenitude... que nasce no devir deste movimento circular que chamamos de Vida. Um eterno retorno que me consola... minhas emoções estão só “adormecidas”...

Ah,bendita dicotomia! Bendita razão!

Musa é...

Um ideal que gera amor e inspiração?
Não! É um momento de amor ardente!

Sem palavras...pungente
Maltrata e atordoa, é demente.
Incendeia a alma e o corpo
Ferve o sangue...o coração.
Geme, suspira e se acaba
Vai embora, abandona a gente.

E... muitas vezes,
Nunca mais se torna presente.

Aprendendo a perdoar

Há instantes tristes
Que queremos esquecer
Aqueles em que muito choramos
Chocados sem compreender.
Quando somos feridos
Por situações ou alguém
Sentimos muita vontade
De retribuir ferir também.

A vingança é destrutiva
E muito prejudicial
Reflete contra o sujeito
Como um espelho do mal.
Sentimentos perigosos
O ódio a ira e o rancor
Prejudicam demasiadamente
Quem os sente... o sofredor.

O perdão não significa
Fraqueza ou veleidade
É sim uma prática benéfica
Que devolve a liberdade.
Para preservar a sanidade
Precisamos aprender a perdoar
Não somente por bondade
Mas, para a nós mesmos salvar...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quem se importa?

Oh! Meu coração sangra!
Dói demais...

Chora e lamenta a essência do amor
Que se perdeu para sempre
Outros corações sofrem abandonados
Todos esquecidos... também
Pela insensatez do homem

As lágrimas banham as feridas da alma
Que vai morrendo neste clima
De pura insanidade...

Mas, quem se importa?
Nem Cristo sobreviveu...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Assim sou...

Sou uma humana
Da tribo do mundo
Não tenho raízes
Não tenho apegos
Vivo no norte
Para o sul viajo
Durmo onde o sol nasce
Desperto no seu ocaso...

Quando mal compreendida
Nem sempre sou querida...

Surge um estranhamento
Porque sei o que faço
Desta vida nada se leva
Só minha consciência
Demarca o meu espaço...

Gosto de doar-me
Gosto de receber...

Amo a natureza e o céu
Amo só aqueles
Que mereçam o amor
Não aprecio a dor
Vivo livre ao léu
Dispenso o desamor...

Estou como sempre quis
Pois busco os seres
Iguais a mim...

Espíritos inteligentes
Corações puros sinceros
Que comunguem
Com a alma da gente...




sábado, 10 de dezembro de 2011

Quimera...

Não mais rege a lógica fria
Nas veias da imaginação
Que sangram um fogo ardente
No aquário da musa inspiração.
Onde a água é o nevoeiro
De sombras luzentes e altivas
Que governam um Ser coração.

O Homo... de pensamento infindo
Dominado por múltiplas emoções
Quimera fantástica da vida
Criatura indecifrável e divina.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Antídoto...

O vaso da vida derrama toda paisagem
na parede alva de cambraia branca que sou.
E, no veludo rubro e macio do meu coração.

No meu amanhã não existirão víboras de Eva,
porque o antídoto de todos venenos é o afeto.
Sou edificação com estruturas de puro amor

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

É feliz?

Quem sente
Sentires
Sentidos

Escreve
Versos
Orações
D´alma

Poema
Pleno
Sentimento
Devorador

Poesia
Vampira
Suga toda
A emoção

Inspiração
Voraz
Que esvazia
O coração

É feliz?

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Poesia...divina

Desperta meiga Mnemósine
acalma minha doce razão,
acaricia minh´alma partida
com tuas "hijas" queridas.

Euterpe a poesia lírica, Calíope
musa de Homero... épica imortal.
Abrace me com teu canto afrodisíaco,
ardente Erato do canto sedutor.

Venham... os poetas as desejam
inspirações divinas de amor e alegrias
deusas da Poesia ... eternas sinfonias
de canções eternas, solfejos da vida...

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Da paixão...

Um desvario intenso
que rouba à razão sua luz
e assume como um luar
que acredita ser eterno
enfeitiçando os amantes
que se derretem no amar.
Mas, é ardil... a noite acaba
o dia ressurge com o olhar cristalino
que sem deplorar vê e sente
esta fugitiva paixão se extinguir.

[sim... vale a pena este sentir]

domingo, 4 de dezembro de 2011

A vida ...o absurdo

Descansa pensamento, durma
esqueça a unidade e o sentido,
esqueça a lógica e o objetivo.
Hoje vale o absurdo,
aquém da esperança ou
além da desesperança.

Como Sísifo de Camus,
rola a pedra até o cimo,
logo ela voltará a cair
o fracasso é inevitável.
Vivemos para morrer, não?

Tudo na vida é fugaz e instável
vamos sentir sem pensar,
rola pedra, rola a vida...

Vale o que acontece... o momento
abracemos nosso ethos, nossa atitude
vivamos conscientes da nossa finitude.

Assim...

Quando se ignora o mal feito a outrem
é sintoma de cumplicidade ou ingenuidade.
Este mal se propagará e irá destruir a você
pois ele se alimenta disso...e incentivado
devora os inocentes e depois os alienados.

Mas, sabemos disso e ninguém engana sempre
e tanto...assim.

O amor que nutre...

Adoro nossa montanha
O ar gelado, a neve
Acender a lareira e
Tomar nosso elixir
Nosso amor
Que nos embriaga ...

Ouvir nossa música
Suavemente
Sussurrando palavras
Ardentes, entorpecentes
Que nos conduzem
Ao paraíso do prazer...

Ah, sensação divina
Que conduz meu Ser
Vivente e inebriado
Ao éden da felicidade...

Ser que agradece a Eros
Este divino presente
Que salva e alimenta
Todos os dias
A alma da gente...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Amor verdadeiro...

Te aproximas de mansinho
com a voz rouca e aveludada
Suplicas pelo seu carinho
chamando-a sempre de amada.
Finge que não te ouve
gosta de te enganar
sente e percebe o esforço
que fazes com teu desejar.

Neste ritual de sedução
o comando é da emoção
os corpos ardentes se enlaçam
unem –se num só coração.
Queima de amor por ti
ardes de amor por ela
neste incêndio forte e dual
é uma fênix o fogo vital...

[unos neste amor sem igual]

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Quem controla a vida?

Precisa-se ter coragem
Para se render às circunstâncias
Ir embora sem olhar para trás
Renunciar desistir... sem lamentar.

Precisa-se de coragem
Para compreender e aceitar
Aquilo que vida doa ou cobra
Oferece ou retira sem explicar
Assim é qualquer vivenciar.

Quem controla a vida?

O viver é um acaso bom
Ou até uma dádiva divina
Mas, as incertezas são as certezas
Escrevemos só um pouquinho
Desta jornada ou deste caminho.

Controlar esta vida é pura ilusão
Ela é fenomenologia é aparição
Mas, nada impede nossa profícua
Inspiração... de criar um novo mundo
De alegria prazer e satisfação.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Imaginação mortal...

Não queria partir agora
mas, tenho que ir... sim.
Nada mais me prende aqui
e nada mais sou... extingui.

Morri no frio do vazio
da desesperança
no (des) engano
da imaginação fértil
virtual, irreal e fatal .

Pois, quem me criou
também me exterminou
não pude evitar...

Mãos enamoradas

Começa com um roçar
E dedos se entrelaçando
Olhos fechados
Só as mãos a se olhar
Amam se acariciar
Mãos mágicas vivas
Indeléveis... enfeitiçadas
Querem abraçar sorrir e amar

E os dedos se entrelaçam
Neste amar sem explicação
Mãos... sempre generosas
Macias (pro)fundas gulosas
Plenas de paixão...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alma ferida...

A alma busca alento
na flor do sentimento
onde o beija-flor pousou
beijou e se enamorou .
E nesta árvore da vida,
fez seu lar o seu ninho
com pena(s)da emoção
e galhos secos da dor.

Dorida a alma perdida
de asas leves feridas
voa e busca o carinho
que a salve deste torpor...

[... procura o puro amor]

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sentimentos...

Não morras ainda sentimento,
quero te alimentar com o perfume
dos momentos vividos da paixão.

Sinta o odor suave do amor
lembres da felicidade... tua guarida
que te abraçou e afagou com carinho.

Não morras ainda sentimento
quero te dar mais tempo, alento
nunca irás ressuscitar... assim.

Sou a única voz que te chama
aquela canção angelical de querubins
um fado de vida singular único.

Não morra ainda sentimento
sinta a vida te buscando
afaste este cálice de ti...

domingo, 27 de novembro de 2011

E o inverno...sabe esperar

Se o tempo me desenha alva
e derrama anos em mim
é porque já cantou o arco-iris
e o pote da vida estava radiante
borbulhando... colorido no fim.

A pintura só se acontece
na paisagem que se estendeu
até o aqui... as estações
verão, primavera e outono
moram e renascem em mim.

E o inverno?

Este me deseja ainda
pode e sabe esperar
é sábio e final...assim.

sábado, 26 de novembro de 2011

Lembras?!

Jamais desejei te magoar
sinto tua tristeza
e esta infelicidade
que te devora

Mas,

mataste o amor
lembras?

Fui embora... sim

Fugi mesmo
do vazio
que se apoderou
de mim

Cansei de entender
cansei de perdoar
cansei das vinganças
cansei das matanças

Fostes alertado
sabias que um dia
eu desistiria de
um amor remendado
assim

Não sei fingir
não vale a pena
precisei partir

...e superar


“Quando resolveres te vingar, lembres de cavar duas covas.”
(Confúcio)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cosmos...

Quanta beleza
O universo nos oferta

Híperion, deus-sol
Pai eterno da vida

A lua e seu luar maravilhoso
Um céu coberto de estrelas
A terra Gaia... o mar Netuno

A enigmática
E magnífica Natureza

Mas,

Acontecem
Tempestades
Desastres acasos
Nesta imensidão
Deste macro cosmos

Tudo isso se repete
Dentro de nós...

Toda a beleza
Toda incerteza

Dois cosmos
Em ebulição
Em evolução

Indecifráveis...

Universos gêmeos
Que bradam alto
Comemoram

[... e gemem abraçados]

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O bem imortalizado

Olho o céu azul
E sinto o infinito

Sou fragmento
De um Todo
Bem... maior
(in)decifrável

Que derrama
Vida em mim
E no meu igual
Semelhante

Quero e busco
O amor
E o bem

Mas,

Nem sempre
O encontro
Esbarro no oposto
Resisto...

O bem e o amor
Se imortalizam
Permanecem
Quando o fazemos
Para os Outros

Aquele bem
Que fazemos
Para nós mesmos
É bom... mas
Morre conosco

Do luto...

A alma fugiu decepcionada
Para sempre vagou perdida
Com o horror vivenciado

Coração sangrando partido
Depois que os ruinosos dedos
Apunhalaram mil vezes
Aqueles afetos inocentes
Colhidos no campo dos girassóis
Na primavera colorida da vida

O respeito, a lealdade, a amizade
Todos martirizados pelas mãos
Tremulas do desamor

O verão não pode nascer
Foi abortado com a dor
Da vitória do fracasso
Naquele nefasto dia

[... restaram o espanto e a melancolia]


“Em mim há um anjo e um demônio e que, ao contrário do que se pode pensar, não brigam entre si, convivem” ( Mário Quintana)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Entre parênteses...tempo

Depois de abraçar-me com Eros
O tempo sorriu entre parênteses
E assim ele cessou de correr
A ampulheta do amor começou
E a areia das carícias transbordou

Viajo com Zéfiro
Afrodite me acompanha
Nas asas da imaginação

Desde,

Que o dragão da vida sopra névoa
Projetando eterno sombreamento
Onde tua face em luz (re)aparece
Neste nevoeiro sublime encantado
Que sussurra o canto mágico sedutor

Viva imagine acredite crie ame...

[...e o tempo (re)toma seu movimento]

terça-feira, 22 de novembro de 2011

As borboletas...

Vocês já repararam
Como as borboletas voam?

Elas andam sem rumo
Vão para lá e para cá
Elas dançam no ar, são livres.

Assim são meus pensamentos
Soltos sem rumo e sem um lugar
Voam em todas as direções.

Só podem ser aprisionados,
Pela rede das palavras, aí sim
Como as borboletas prisioneiras
Que se debatem e morrem
Morrem estes também.

As palavras
E os conceitos se tornam
O sepulcro dos belos
E voadores pensamentos.

Agora submissos
E transformados
Inertes paralisados
No sarcófago poderoso
Das informações
E dos conhecimentos...

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Eu ninguém...

Quem pensas ser... se não és ninguém
Reclamas toda hora, covarde vais embora.
Ter medo de si mesmo é uma boa opção
Porque temer ou outros ou as coisas
É comum em gente sensata e inteligente.

Mas, teu maior inimigo é este teu Eu
Que te atormenta e tortura sempre.
Este que te obriga a refletir quando queres
Te alienar e gozar a vida... os momentos.

Só estou avisando, larga disso e relaxa
Porque és ninguém para quem
Creditas tantos e tantos pensamentos.

Rode teu olhar,
O circulo tem mais que noventa graus.

Se situe na tua grandeza
Um ninguém com uma enorme existência.
Irás “aparecer” quando te livrares destas
Tuas (in) transparências
És aquilo que imaginas ser.

Salve-se,
Ou mergulhes neste mundo interior
Que criaste para sofrer
Largues de ser masoquista.

Lembras da borboleta azul,
Foi uma feia larva antes de
Conseguir sua beleza e voar.

Mutação espontânea,
Liberta qualquer ser vivo
Até um pequeno Eu ninguém...

[que é um gigante e não percebe]

sábado, 19 de novembro de 2011

Desistir para existir...

Caminhando nesta estrada
Vou perdendo meus pedaços
Foi-se as ilusões e os ideais
Não eram reais só banais
Ocupavam espaços demais...

Cambaleando na incerteza
Algo se despedaça de mim
Machuca... as veias sangram
Era a confiança e o amor
Arrancados à força assim...

A estrada se retira
Se esconde e o abismo
Devagar se aproxima
E abraça este Ser infeliz
Que se rende e mergulha...

[precisa desistir para voltar a existir]

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Presente do verbo...

Tenho que imaginar
Acreditando
Tenho de encontrar
Buscando
Tenho que andar
Cansando
Tenho que falar
Sussurrando
Tenho que abraçar
Apertando
Tenho que dançar
Cantando
Tenho de beijar
Suspirando
Tenho de fazer amor
Gostando
Tenho de estar sempre
Amando

O oráculo da imaginação

Sinto o mar achegado amoroso
Como aquele mimo desejado
Infactível sinuoso arredio
Sob um céu hesitante estrelado.

Ouço cantar o beijo confuso
Espoliado no silêncio roubado
No fuso das horas perdidas
Da vida... sendo ode ou fado.

Tudo é sina destino conspiração
Também regozijo e inspiração
Como o véu tênue que energiza
O oráculo da buliçosa imaginação.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Imaginação finita...

Pensava e pensava
Que é a vida?

Presenteia tanto
Mas, logo tudo tira
Doa amor e alegrias
Sufoca com a dor
Oferta ilusões e
Fantasias...

Pensava e pensava
Que é a vida?

Imaginação finita
Sem explicação...

Ah, sonhar!

Como é bom sonhar,
Ressuscitar as lembranças
Imaginar possibilidades...

Mas, o (im)provável acontece
As palavras, o momento
Chicoteiam meus sonhos.

Quando me dou conta,
Os sonhos que acreditava
Que ia sonhar... me fogem
Escapam silenciosamente
Pela porta aberta do real.

Ah, realidade
Tenha compaixão
Devolva meus sonhos...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Palavras concupiscentes e versos embriagados

As letras penetrantes
Se enroscam felizes
Sensuais e lúbricas
Gerando mil palavras
Insinuantes
Tímidas damas ou
Belas meretrizes...

Seduzem
Concupiscentes
Maravilhosas...

Parindo versos
Embriagados que
Abraçam as estrofes
Temulentas
Até tombarem poemas
Seus rebentos
Apaixonados...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pensamentos vagabundos...

Esvaziando lançando
Pensamentos vagabundos
Sem nexo...

Chuva ou sol
Tempestades
Amenidades
Tanto faz...

Beleza... azucrinação
Transa amor sexo
Ou masturbação
Do intelecto...

Procriação de palavras
Besteirol (in) consequente
Enrolados num lençol
De mentes e versos...

Tédio
Passatempo
Pensamentos...

Lesos desconexos
Sem imaginação
Parindo monstros
Logos... sem inspiração

[dissoluto adulterado bufão]

Ensine-me a chorar...

Tenho saudade das lágrimas
Perdi tudo (... ) até o gosto
Do sal nos lábios... aquele
Que derretia a neve alva
Que congelava minh´alma.

Minha face molhada
A névoa do olhar triste
Aquele tremor premente
Que acelerava o coração
Ao ressuscitar a emoção.

Preciso voltar a suspirar
Sentir aquele aperto no peito
Aquela dor benfazeja
Dor de amor... existência
Viver intenso... experiência.

Por favor! Minha vida!
Surpreenda-me,
Devolva minhas lágrimas
Toda minha essência
Ensine-me a chorar...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A face oculta do amor

Não consigo lembrar tua face
Oculta... do amor que é teu
Despedaçado no âmago
Por ondas da energia amorosa
Deste universo que flui em mim

Não consigo lembrar tua face
Ela se fundiu na minh´alma
Transmutou-se em mim... é Eu

Oh, orgulho!

Oh, orgulho!
Quanta servidão
Quanta ilusão...

Seria tão fácil
Abraçar a felicidade
Se teus braços de polvo
Libertassem os meus...

A melancolia vem
Com o arrependimento
Tortura devagar e
Suavemente... a nós.

Oh, orgulho!

domingo, 13 de novembro de 2011

Vida com felicidade

Adormeça pensamento
Se aquiete
Esqueça a unidade
E o sentido
Esqueça a lógica
E o objetivo

Hoje vale
O sentimento
A emoção
Que sufoca

O prazer do desejar
Sem pensar
Forte instigante
Pleno e fugaz

Possibilidades?

Sim, mas
Que salva
Por instantes
A alma das gentes

[oferta de vida...de felicidade]

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

À solidão do livro...

Na terra de todos
Eclodia a conversação

A espontaneidade
Da oralidade é agradável
Pela aproximação e
Improvisação possível

Mas, surge a necessidade
Sedutora e premente
De recolher-se ao solitário
Exercício da mente
De pensar e escrever

Entrega-se então
À solidão do livro

Os pensamentos
Sempre são da gente
Mas a inspiração vem
De outro lugar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vincente Van Gogh- Herói derrotado

Ruivo, desengonçado mal vestido
De gestos bruscos olhos brilhantes
Todos o ignoram voltam-lhes as costas
Sofre angústia e miséria humilhantes

Ressentido temperamental e instável
Depois de todas as grandes decepções
Resolve se refugiar na grande Arte
Nasce o gênio que desvela as emoções

Qual revelação Vincent recebeu?
Que expliquem suas obras primas
Genialidade tardia... poucos anos
Pinta retratos flores paisagens maravilhas

Desenha a lápis pinta telas equilibradas
Nitidez contornos luz sem sombras...cores
Púrpura brilhante verde esmeralda azul
O amarelo sagrado...seus eternos amores

Van Gogh foi poeta místico e pensador
Experimentou religiosidade e o humanitarismo
Mas, pelo seu tempo ignorado e injustiçado
Repetiu o drama eterno do Herói derrotado

[só a Arte mais tarde lhe reconheceu o valor]

Mendicância...

Os mendigos rodeiam os
Poetas Maiores como enxame
Despojados não sabem criar
Fundamentados no seu tempo
Precisam sobreviver imitando

Aqueles, atemporais, sorriem
E concordam em alimentá-los...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ah, ledo engano... são divinos

As ondas envolventes derrubam
Batem e afogam os sentimentos
Das mentes sem coração algum e
Dos corpos sedentos de pensamentos
Frios soberbos vaidosos e distantes
Que energizam amantes vazios dementes
Mas, convictos crentes ciumentos pedantes
Se crêem melhores maiores diferentes
Se acabam velozes...insatisfeitos impotentes

Ah, ledo engano...das sociedades
Suas carcaças também perecem
As almas negras ... libertas descem
E a terra e o inferno as recebem sorridentes

O paraíso é só para gênios sofridos virtuosos inocentes
Enfim aclamados... depois de desencarnados
Em vida miseráveis desconhecidos ignorados
Assim aqui perpassam...os grandes avatares

[profetas, escultores,pintores, escritores...poetas]

domingo, 6 de novembro de 2011

Sem explicação...

Este amor sem explicação
Nasceu em mim
Sem eu querer
Sem eu o desejar

Agora agradeço ao coração
Este amor sem explicação
Pois amo te amar...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A voz do amor...

Quando escuto o vento
No silêncio da natureza
É a voz do universo
Que sussurra para mim

Quando escuto o pensamento
No silêncio da mente
É a voz da intuição
Que sussurra para mim

Quando escuto o sentimento
No silêncio do coração
É a voz do amor
Que sussurra para mim

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Teu amor é essência...meu ar

Sinto teu toque ouço teu coração
Sinto tuas suaves mãos a me afagar
Fecho os olhos para que a sensação
Não se desvaneça ao te abraçar

Compreendo todo teu querer
Pois é o reflexo do meu amar
Me nutro no teu imenso ser
Teu amor é essência... meu ar

Fico sempre ansiosa te esperando
Porque sei que irás me encontrar
Com sorrisos beijos e teu desejar

Nossas almas gêmeas se buscando
Elas se completam sabem se enlaçar
Encantadas felizes flutuam a voar

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Meu amanhã...

Como espero o amanhã puro intocado
Novo jovem pois o hoje se finaliza
Voe e pouse neste instante que desliza
Meu amanhã querido...enigma buscado

O futuro é o leito da possibilidade
O passado é registro concretizado
O presente é o agora vivenciado
O amanhã é o forjador da felicidade

Hoje é momento vivido cultivado
Ontem foi um hoje maduro superado
Só meu amanhã é vir-a-ser abençoado

Como espero o amanhã com temperança
Adormeço sussurrando feito uma criança
Desejosa do amanhã... minha esperança

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sob o comando do amor...

Ele me olha desconfiado
Sussurro de mansinho
Tudo... o que quero
Mordiscando sua orelha
E beijando-o com carinho

Suavemente me enlaça
Fecho os olhos feliz

Deixo que meu corpo
Procure e encontre
Com intensidade e ardor
Realize seu desejo
Sob o comando do amor...

domingo, 30 de outubro de 2011

O destino do arco-iris

Como Poesia sou magia
Fantasia multicor só alegria

Quero o destino do arco-iris
Luz branca refratada encantada
Colorida bela fugaz misteriosa
Um mito que liga o céu à terra
Por um arco de luzes e cores

Vibram as liras os amores
Uma mensagem divina também
Um veículo veloz de profecias
Traz-nos até recados do além

Quero continuar oráculo
De Apolo Dionísio e Musas
Quero encantar todos os seres
Ser imaginação e criatividade

Ser Poema a essência da Arte

sábado, 29 de outubro de 2011

Pense em mim...

Pense em mim
Não com tristeza
Mas com alegria

Pense em mim
Como a música
Que o encanta

Pense em mim
Como um jardim
De belas flores

Pense em mim
Com a paixão
Que nutre o coração

Pense em mim
Como uma realidade
Não como um sonho

Pense em mim
E faça esse amor
Transcender

[e enfim acontecer ]

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Onde estás?

Onde estás?
Não me canso
De te buscar...

Estás perdido
Na escuridão
Do duvidar...

Ouço teu grito
Teu lamento
O sofrimento...

Quero muito
O amanhã feliz
Do ontem...

Tua promessa
Da felicidade
Não esqueço...

Hoje te quero
Ontem te quis
Amanhã te espero...

Não aprendi
A desistir
Só a insistir...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dura bruta pétrea... eu

A tua ausência congela minh´alma
Como o longo inverno congela rios
Cujas águas não correm mais

Meu coração é açoitado pela dor
Assim como os ventos açoitam
As árvores e quebram seus galhos
Nas tempestades

Minhas lágrimas secaram
Minha face tornou-se pedra
Meus olhos cegaram
Estou na escuridão

Se um dia retornares
Encontrarás uma estátua
Cinzenta e (in)diferente
Dura bruta pétrea

Porque o frio e o vazio
Que deixaste em mim
Assim me esculpiram
Para sempre...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amar a vida perdidamente

Amar é imprescindível
Amar a vida perdidamente

Não temer a morte
A única certeza
Da existência

Mas, desejaria
Estar contigo
Quando fosse morrer

Perecer nos teus braços
Suavemente...

Se impossível?

Escolheria uma morte
Célere brilhante
Feito uma fugaz
Estrela cadente

Mas, amar é imprescindível
Amar a vida perdidamente

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ampulheta...

Não somos nada
Ninguém
Surgimos
E desaparecemos

Por que será?

Não existem respostas
Significativas

Nada de expectativas

Reis e escravos
Não há diferenças
Nada de novo acontece

A ampulheta da existência
Virada de novo derramando
Vida repetindo-se...

Mesma dor mesmo suspiro
Mesma alegria e pensamento

Mesmas dádivas e castigos
Preservar a paz gerando perigos

Para isso existimos?

Não somos nada
Ninguém...

[viver para poder morrer ]

sábado, 22 de outubro de 2011

Meu precioso amoroso... tempo

Viajar no tempo com ternura
Mergulhar no agora suavemente
Dar as costas às dores e tristezas
Apreciar o afeto que tudo cura
Só essa guloseima servir à mesa...

Ah, viver só viver... amar a vida!

Oh, tempo!?
Precioso amoroso tempo
Passado futuro... fruir o presente
Entregar-se ao instante deliciosamente
Abraçar Chronos... desvanecer docemente

Ouço a voz do silêncio

Eu tenho um sonho lindo
Ouço a voz do silêncio
É calando que melhor se diz

Sopro as nuvens com o olhar
Este que move montanhas
E derrete as geleiras da alma
Que paralisam o coração

Abraço as estrelas cadentes
Me banho no luar prateado
Expulso mágoas e solidão
Com a linguagem da emoção

Eu tenho um sonho lindo
Ouço a voz do silêncio
Dialogo dos sentimentos

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A primavera chegou...

A primavera chegou junto com belas flores
Matas verdejantes...a natureza acordou

Cupido chegou filho da bela Afrodite
O Amor sempre criança flecha os corações
E o amor nasce em todo lugar
Era só a primavera chegar...

Aproveitem humanos... esta visita
Dos entes divinos que trazem a paixão
O encantamento a magia a emoção...

Dionísio e Apolo também chegaram
As Musas com eles vieram
E os poetas, enfim, acordaram...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O anjo do amor...

Ouvi um lamento distante
Eram gemidos do vento
Mensageiro neste momento
Senti tua dor teu sofrimento

Então... acordei porque perdoei
Deixei de ser esquecimento
Abandonei o paraíso por ti
E as minhas asas ao chegar aqui
Transformaram-se em suaves abraços
Que te envolveram ternamente

Sou o amor que te salva te acalma
Sossega... agora estou em tua alma
Novamente...

Amor eterno...

Quando a morte
Leva quem amamos
Não nos tira tudo
Sofremos choramos

Mas, um amor
Verdadeiro
Nunca morre
Ao contrário
Se eterniza

Sempre vai estar
No fundo do nosso coração
Ou em nossos sonhos onde vive
Para sempre...e nos consola

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

As marés...


Coisas estranhas acontecem
Quando a maré baixa e recua

O desvio da forte corrente
Aquecida veloz sapiente
Levam a caminhos diferentes

Mares desconhecidos
Nunca outrora navegados
Profundos e significativos...

domingo, 16 de outubro de 2011

É a felicidade...

Que chamamos de felicidade?
São os melhores e belos momentos
Jorram os maravilhosos sentimentos
Que nutrem a alma e o coração

Esta fonte é passageira e fugaz
Esconde-se, às vezes, de nós
Essa é a natureza da felicidade
Doa-se para fugir logo ... após

Uma busca ou um fazer instigante
Um brincar... aquele vai e vem
Que nos convida e obriga fruir
Cada mínimo instante...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Vibra a Música ... solfeja a Poesia

Um sorriso do piano
Uma lágrima musical
Um arpejo da harpa
Uma sinfonia angelical
Sons suaves do vento
Natureza terra e mar
Doce canto dos anjos
Harmonia celestial

Um beijo da noite
Um abraço do luar
Piscam as estrelas
Num eterno namorar
Brada o cântico da fantasia
No vôo alto forte do artista
Transcende a alma liberta
Vibra a Música... é magia

[nesse encanto solfeja a Poesia]

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Tu és eu... eu sou tu

Um bem estar
Uma alegria
Envolventes
Porque sorris
E me olhas
Com amor...

Não há palavras nem precisa haver
O sentimento verdadeiro se mostra
No gesto e no sorriso que derramas...

Até na lágrima e na tristeza
Pois estas também me atingem
Choro e me entristeço contigo...

O amor é o sentir espontâneo
Onde há o encantamento
E nossas almas flutuam
Se tocando...

O amor não necessita de palavras
Sua linguagem são as emoções
Que comandam sem lógica
Sem julgamentos ...

Existem simplesmente...

Até no sofrer
Vivo só o teu
Sentes o meu
Somos unos
Tu és eu
Eu sou tu...

Esta é a nossa verdade...

[mesmo distantes nos sentimos... na saudade]

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A porta aberta...

Olhava aquela porta hiante
E aquela luz forte que cegava
Não decifrava nada...

Nunca entendera o significado
Daquela porta sempre aberta
Enigmática...

Quem iria entrar ou sair?

Naquele dia encantado
O sol brilhava diferente
E a verdade se desvela
Sorridente...

Aquela porta estava aberta
Para libertar aquela alma
Tão machucada e dorida
Aprisionada...

Devia voar escapar pela porta
Livrar-se daquela tortura...

A porta escancarada ofertava
O perdão a esperança ... a cura

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Meu fiel guardião...

Precisava pensar
Estava tristonha inquieta

Escalei minha montanha
É na solidão e no silêncio
Que melhor penso
Tinha que tomar uma decisão

Então, ouvi um canto
Olhei na árvore favorita
Lá estava meu gavião
Também sozinho...

Me acompanha sempre
Faz parte da minha vida
Só ao vê-lo e ouvi-lo
Senti o Universo...

Me envolvi nesta visão
Transcendente e
Encontrei a solução
Que buscava...

Meu querido guardião
Com sua presença
Mais uma vez me salvou
E acalmou meu coração...

sábado, 8 de outubro de 2011

Minhas horas antigas...

A distância entre a realidade e a promessa
Ficou lá distante nas minhas horas antigas
Chamo de recordação aqueles instantes
Que ainda nutrem meu ardente coração
Que agradece o existir... dádiva divina

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Devo me pedir perdão...



Desejando ser feliz me aproximei
Mergulhei na fonte proibida prazerosa
E me apossei da tua alma...

Cansei de renunciar ao amor
Transmutei a dor em alegria
E me apossei da magia...

Resolvi ser cúmplice da felicidade
Precisava ser amada por instantes
E me apossei do sentir...

Quando precisaste partir
Escondi minha dor meu coração
E me apossei do perdão...


Gozando o existir...



Sentimento sutil... instante
Que envolve todo o ser
É essência , puro amor
Pulsão arguta penetrante...

Afetos que não perecem
Queimam, sem consumir
Ardem o corpo e a alma
Que gozam todo existir...

Beijando perdidamente...


Amor se quiseres me sentir
Se quiseres me amar
Sinta e escute o vento...

Ele é o meu mensageiro
Ele carrega minha voz...

Vou te abraçar
Deliciosamente...

Feche os olhos amor
Estarei te tocando
Suavemente...

Sinta o meu amor
Da cabeça aos pés...

Estarei te beijando
Perdidamente...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Coração perdido


Sigo pelo bosque
Sinto o esquecimento
Sem pensar, por instantes.

Quero sentir toda beleza
Quero apreciar me integrar
Quero ser só natureza.

Preciso desse descanso
Para avaliar intimamente
Meu continuo pensar ou pesar.

Tenho me sentido mal
Como o rei Tântalo
Que furtou
Num banquete no Olimpo
O néctar dos deuses
Para entregá-lo ao deleite
Dos mortais...

Foi castigado
Ao suplício perpétuo
De padecer de sede e de fome
Tendo sempre à vista
A água e o alimento
Que carecia
Sem nunca os alcançar.

Que furtei?
Jamais saberei...

Mas sinto a felicidade fugidia
Diante do meu olhar sequioso
Intangível e inalcançável
Sinto a todo instante
Este suplicio “tantalizante”
De padecer, sem merecer...

Sou castigada
Por ser amada
Perceber a paixão
E nada poder sentir
Meu coração se perdeu
Minh´ alma o furtou
Protegeu, escondeu...

O enigma é...amar e aceitar



Não são as coisas em si
Que decepcionam os homens
Mas, as opiniões que eles
Formam dessas coisas...

A existência será mais serena
Plena fácil e harmoniosa
Quando os homens quiserem
E desejarem o que podem
Alcançar e vislumbrar...

Desejar o por do sol
Uma beleza sem igual
Ele nasce todos os dias
Ou suspirar pelas estrelas
Que brilham sempre no céu...

Moldar os desejos no
Curso dos acontecimentos
É transformar as circunstâncias...

A emoção e razão abraçadas
É o amor e os pensamentos
Subjugados pela alma humana
Que conhece a sua verdade
E constrói sua felicidade...

Buscar, esperar, encontrar
O Homem é uma ponte
Sabe e conhece os caminhos
Do existir, persistir e chegar
O enigma é... amar e aceitar!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Meu amor confessou...

Meu amor confessou
Que morreria sem mim

Por isso passei a me amar
Mais e mais... me saborear

Tenho medo de me ferir
Temo o vento e os pingos
Suaves... da tênue chuva

Quero me preservar assim...

Meu amor confessou
Que morreria sem mim

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Olhar amoroso



Adoro observar a dança
De cores e formas
Das borboletas voando

Elas são livres , suaves
Vão para lá e para cá
Se exibem para mim.

Adoro observar a dança
Das estrelas distantes
Aquele mar de luzes...

Na escuridão silenciosa
As constelações cintilam
Se exibem para mim...


terça-feira, 27 de setembro de 2011

O Poeta ... é um ser desviante



O Poeta, é um ser complexus
E complexo, significa tudo estar ligado
O todo e as partes, tecidos juntos
Contextualizado, não condicionado...

O Poeta, transcende os limites
Aqueles que são impostos aos seres
Pelo mundo esclerosado, quantificado
Inibidor das possibilidades...

O Poeta, extrapola o natural
É sobrenatural, porque é criativo...

Pode tudo gerar, forjar
Continuamente
Ele conhece seu poder
Sua potencialidade...

Um ser onírico, forte, imbatível
Senhor das emoções e sentimentos
Brinca com palavras e pensamentos

Sente-se quase... um deus
Onisciente, onipresente, onipotente
Sabe-se um ser diferente
Dono do céu, da terra, do Universo
Com sua imaginação “significante”.

[ O Poeta ...é um ser desviante ! ]

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Intelectualidades e cotidiano retratados por Alice Luconi Nassif – Parte I

As duas sombras: conto-fábula. Um texto recheado de divagações intrínsecas que qualquer ser, que procura respostas e caminhos em si mesmo, se faz. Metáfora das sombras: uma delas é o homem, indeciso, resignado, dolorido em busca de algo que sente existir, mas que nunca viveu; a outra é um sentimento (quiçá, o mais almejado): a felicidade. É traçado, no texto, um intenso e profundo diálogo entre as duas sombras que, por fim, fazem-se um só ser. Referência a Hades, o deus infernal e ao local em que habitava. Uma elevada percepção reflexiva carregada de subjetividade dá a possibilidade de o leitor pensar e analisar a vida e a si mesmo: “Não sei bem quem sou ou por que me colocaram aqui neste mundo. Só sei que sou um ser. O ser divino que criou tudo me criou também, mas, me deixou em aberto. Minha essência pode variar de acordo com minhas escolhas de vida. Posso me tornar quase perfeita ou até quase divina. Mas, também posso decair, tornando-me a pior besta ou verme deste mundo.” Conto que metaforiza, idealizando, a felicidade plena a qual pode não existir na realidade, mas que faz sonhar quando lida e sentida através de um conto conto-fábula tão bem escrito e formatado como este.



HORAS ou MOMENTOS – Para você

O livro da inspiração... na análise correta
Que transcende e se expande a perder de vista
Narra crônicas fábulas contos... o cotidiano
Agora interpretado pela Analista que conquista...


Apreciem Intelectualidades e cotidiano (12 textos)
http://frbarros85.blogspot.com/2011/09/intelectualidades-e-cotidiano.html

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A peregrinação...


As vezes, me sinto tão perdida
Que só o silêncio escuto gritar
Linguagem estranha, enviesada
Decodificada pelo sonar... do ar.

Inicio minha peregrinação...

Sinto um sol cegante e mãos feridas
Que lembram a luta do pescador
Personagem do “ Velho e o mar “
Um vencedor com sua grande dor.

Por fim, minh´alma voa bem longe
Lá no planeta estranho, dos três vulcões
Encontra o príncipe e sua formosa flor
Que orgulhosa... semeou caminhos.

Quando me encontro desta perdição
Tanto tempo me escapou, sem sentido
Resta um vento forte e uma percepção
... e, no meu coração busco um abrigo.



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Buscas


Procuro um amor puro
Um porto seguro
Para meu coração atracar...

Procuro a Paz
Só encontro guerras
Que não sei lutar...

Procuro meu Eu
No espelho da vida
Que reflete o meu olhar...

Procuro um mar suave
Onde minh´alma livre
Aprenda a navegar...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Somente um grão de areia ...



Os piores momentos da minha vida
São aqueles em que uma terrível sensação
Me abarca inteiramente
Desvelando minha insignificância

Tão minúscula sou, que um grão de areia
Me esmagaria... facilmente

Por que esse sentir?
Não existem respostas ...

A capacidade que se tem de pensar
E imaginar Tudo... esta potência
Que me esmaga.

Pois tenho consciência
Que quase nada desse Tudo
Será possível se efetivar
Nessa minha pequenina existência


[Um paradoxo inexplicável... um poder infinito refém da finitude ]

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Amar e fazer-se amar... é imperativo




As palavras muitas vezes machucam
Mas, é preciso liberá-las para proteger nossa alma
Estas palavras não serão suaves o suficiente
Para impedir que batam como pedras
No coração daquele que amamos
Que age com insensatez e se apequena
Perante o único grande imperativo
Amar e fazer-se amar!

Por fim, tomar conta deste amor
Como se fosse o último suspiro
Aquele, que nos devolve para o Criador
A gente não deve poupar a si mesmo
Ignorando o abismo que se aproxima
Pois a alma que conhecer esta Verdade
Poderá se salvar, conseguindo assim
Salvar seu amor...

domingo, 11 de setembro de 2011

Ode à amizade



Felizes aqueles que sabem sorrir juntos
Contentes e em paz, unidos no afeto
Com seus corações livres e abençoados.

Mas, a amizade também nasce do silêncio
Das almas que se entendem caladas
Um olhar, um gesto ou um movimento
Vale mais que mil ruídos... de palavras.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Amor é o Belo desvelado



A Beleza é uma busca ilimitada
Uma ação nos homens, finita
Mas que irá derramar, nos espíritos
Do aquém ao interminável além
O infinito, as possibilidades,  o indizível.

Estes são prazeres sem fim
Uma fruição inimaginável
Pois a linguagem do Belo
É a realização final da emoção
Lugar, onde a razão não alcança
Nem sabe que existe, é puro mistério
Só desvendado pela alma e pelo coração...

[O Amor é o Belo desvelado].

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Mentes esquizóides desvairadas

Existe um hiato inexplicável
Na cornucópia dos ousados
Que crêem ser preciosos
E são ignotos esvaziados

Mas, confessar sempre alivia
A psicanálise que afirma
Os mentecaptos sempre riem
Após exorcizar as sombras e recalques

[sobra-lhes uma mente esquizóide desvairada]

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A tua invisível presença...



Sinto tua presença na luz do sol
Que me aquece e me ilumina
Sinto tua presença nas estrelas
Que brilhantes me encantam
Sinto tua presença nos versos
Que não me escreves, imaginas
Sinto a tua presença na ausência
Que amando... invisível, anuncias.


sábado, 27 de agosto de 2011

Gostaria de ser livre



Gostaria de ser livre
Voar como as borboletas
Sem rumo direção, e
Ser dona do meu coração.

Gostaria de ser livre
Das convenções da vida
Morar numa linda tribo
Andar descalça, perdida.

Gostaria de ser livre
Dos pensamentos racionais
Flutuar com as ilusões
Viver pleno, de emoções.

Gostaria de ser livre
Ser neófita de Platão
E que da minha caverna
Me libertasse então...

Gostaria de ser livre
Escrever com sinceridade
Não usar ironia, fingimento
Amar e perdoar, de verdade.

[meras impossibilidades]

O Poder da Arte



Tudo que existe já foi fantasia
Foi magia... que transcendeu
Uma realidade, submetida
Encanto dos versos da Poesia
Mundo belo, imaginado...

Energia anímica que nos devolve
A Vida... os deuses nos sussurram
Textos, contextos ou pretextos
Nutrindo as mentes e os corações
Para que a Arte jamais silencie...


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A irracionalidade faz parte...

O universo conspira a meu favor
Traz-me sempre teu canto encantador
Tuas palavras me abraçam e envolvem
Meigas doces narram fábulas de amor

Pulsa a terra como o meu coração
Que queima arde é um vulcão
Compreende que tudo são ilusões
Mas não abre mão de sentir emoções

Que seria do homem sem sentimentos
Que assustado... desistisse de amar
E se dedicasse ao refletir ao pensar
Ignorando os outros movimentos

A razão busca paz com pensamentos
Mas, é a alma que domina o viver
Sua linguagem não é entendimento
É intuição é percepção envolvimento

( irracionalidade é parte da felicidade)


quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Experiência visceral...

O coração dispara
A respiração acelera
A descoberta invade
Minh´alma que chora
Marcas vivas e indeléveis
Na memória que sussurram
Minha triste e doce história

Precisa-se de coragem
Para sentir o medo
Aconteceu o chamamento
Findou nosso tempo
Precisamos partir agora...

[minh´alma ainda chora]

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A tua imagem é o teu amor...

Como a tua imagem
Está em mim
Quer acordada
Quer sonhando...

Ela se aninhou na minha alma...

Se fecho meus olhos
Sempre te vejo
Minha visão interior
Absorve-te por inteiro...

E te acomoda no meu coração...

Te derramas
Sobre meu sentir
Como uma chuva
De puro amor a fluir...

Gosto que seja assim...

Envolve os meus sentidos
Enches o meu intelecto
Me sinto sou feliz assim...



Eterna introspecção...

É possível que tenhamos duas almas
Uma que olha-nos de fora para dentro
Outra de dentro para fora

Quem somos afinal?

Difícil é
Conhecer-se
Apreender-se
Lidar consigo mesmo
E sua visão de mundo

Precisa-se ir longe se afastar
Observar-se de fora para dentro
Explorar a si mesmo
Interrogar-se

Pensar refletir sentir
Perceber a relação
Corpo mente coração
Neste buscar encontrar

E um espanto pode surgir
Com este eterno descobrir

Somos o que imaginamos?
Nos aprovamos?
Somos o que nos imaginam?

Quem somos afinal?








sábado, 20 de agosto de 2011

A música...



No silêncio ouvi
Era o dedilhar de um piano
Aquela música era linda
Eu a sentia tanto que doía
Então, comecei a chorar

O sentimento forte demais
Sem poder se (de) mostrar
Maltratava me ferindo
Parecia uma profanação

Amava a música, mas algo nela
Tocou fundo no meu Ser
E estava partindo meu coração
Que sangrava...pela forte emoção

[será que alguém mais a ouviu?]


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

AVE MARIA

A ve Maria mãe celestial
V enha ajudar-nos por favor
E sendo Mãe de Jesus interceda

M inore nossa dor ... terminal
A livie e acalme o nosso coração
R edentora que és, rogai por nós
I nvoco teu amor e o teu milagre
A cabe cure e elimine esta pesada cruz

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As minhas mortes...

Quando morri a primeira vez
Caminhava na estrada
De uma vida construída
Fui atropelada pelo real

Esta se esmagou
Porque era perfeita demais
Tinha lhe forjado plena de ideais
Muito amor,  nada de dor
Absurda... irreal.

Quando morri
Pela segunda vez
Foi de horror
Horror de mim

Porque aceitara
Tudo... demais
Amores,  mentores
Sombras... nada mais.

Morri ao descobrir a Luz,
Quando escapei da caverna
Das imagens falsas
Das minhas Ilusões

E como a primeira vez,
Foi minha visão externa
Que esclareceu meu engano
Morri de (des)ilusão...

Enfim, descobri

Perfeição e ilusão
São aparências,  que
Eliminam ingênuas
Existências...

(então, desisti de existir)



segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Mágica percepção...



Um agora veloz... , sublime
Que parece atordoar o tempo
É visto como num filme
Com emoção e sentimento.

Olha-se o céu, que beleza!
Vive-se o perfume das flores
Tudo se mescla na natureza
Emitindo um élan de odores.

Os pássaros bem cantantes
Coloridos e bem criados,
Paralisam os instantes
Com seus sons e tons variados.

À noite, é dia na estrada,
Com a lua cheia brilhante
Iluminando a jornada
Do misterioso caminhante.

A angústia desaparece,
Quando surge a satisfação
Tudo mais se esclarece
Num ato de cognição.

Tudo acontece de repente,
Como um passe de magia
O atrás corre na frente
O caos parece harmonia.

Depois vem o esclarecimento,
Desta maravilhosa sensação
Tudo aconteceu num momento
Da nossa divina percepção...



sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O sacrifício...


Sabem aquele dia terrível,
Quando nosso ânimo morre
Abatido pelo invisível...

Nuvens, ventanias , chuva
O céu chora sinalizando
Que vais cair... soçobrar.

Os anjos se escondem,
Não querem testemunhar
Tua alma ferida... sofrida.

É preciso fugir , gritar
Mas sufoca-se com o ar
Não se consegue reagir...

A tortura não se afasta,
Aquela sombra te abraça
É o fim... aceitas a desgraça

Com pena , o silêncio e a dor
Confirmam este desamor e
Mergulhas no precipício

(restou, somente , teu sacrifício)

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vou te procurar...amor



Vou te procurar no céu azul,
Vou te procurar em todas as estrelas.

Vou te procurar em cada pôr do sol,
Vou te procurar na água transparente da fonte.

Vou te procurar em todas as flores,
Vou te procurar no beijo do beija-flor.

Vou te procurar nas árvores frondosas,
Vou te procurar no voo dos pássaros.

Vou te procurar no vento que me acaricia,
Vou te procurar na terra, nos meus passos.

Vou te procurar na lua cheia prateada,
Vou te procurar na noite iluminada.

Vou continuar te procurando,
Vou acabar te encontrando.

Então, vou parar de procurar
Pois encontrei a quem amar...

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Será que preciso?


Preciso desvendar enigmas,
Segredos,
Sem medos...

Tanto azul a minha volta
O céu , o ar,  o mar
Pouco importa...

Gosto da incerteza,
Prato principal
Da minha mesa...

Amo a sinceridade,
Porque é nutriente
Da veracidade...

Como mistérios,
Vivem ocultas
As necessidades...

São as contingências,
E as circunstâncias
Que se mostram

Pouco importa...

Preciso desvendar enigmas,
Segredos,
Sem  medos

( de encarar a verdade)




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Perdoando...


Há instantes tristes
Que queremos esquecer
Aqueles em que choramos
Chocados sem compreender...

Quando somos feridos,
Por situações ou alguém
Sentimos muita vontade
De retribuir, ferir também...

A vingança é destrutiva,
É muito prejudicial,
Reflete contra o sujeito
Como um espelho do mal...

Sentimentos perigosos
O ódio, a ira , o rancor
Prejudicam somente
Quem os sente -  o sofredor.

O perdão não significa
Fraqueza ou veleidade,
É sim uma prática benéfica,
Nos devolve a liberdade...

Para preservar a sanidade,
Precisamos aprender a perdoar
Não somente por bondade
Mas, para a nós mesmos salvar...









segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Desencontros...

Tu partiste sem um adeus
Por que precisou ser assim?

Nunca te revelaste ser covarde
Tens algum medo de mim?

O amor é uma carência, sabemos
É falta, é vazio,  é assim...

Quão miserável me deixaste
Quando te desviaste de mim...

Mas, nós amantes superamos
A roda da fortuna gira assim...

Trouxe-me um novo amor,  apaixonante
Este, não consegue viver sem mim...

Vivo bem, estou feliz gosto de amar
Entrego-me inteira, sabes,  sou assim...

Voltaste... tarde demais querido
Prove, sofra a solidão sem mim...

Muito triste os desencontros
Por que precisou ser assim?

sábado, 30 de julho de 2011

Amar também é evoluir...

As palavras muitas vezes machucam
Mas, é preciso liberá-las para proteger nossa alma
Estas palavras não serão suaves o suficiente
Para impedir que batam como pedras
No coração daquele que amamos
E age com insensatez e se apequena
Perante o único grande imperativo

Amar e fazer-se amar!
[O amor pode trazer dor, sim]

Por fim, tomar conta deste puro amor
Como se fosse o último suspiro
Aquele que nos devolve para o Criador
A gente não deve poupar a si mesmo
Ignorando o abismo que se aproxima
A alma que tiver a escada mais longa
Poderá se salvar e salvar o seu amor
Crendo , crescendo e evoluindo...

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sou o que penso que sou...

Ser razão me comove
Porque emoção sou...

Ser falante me assusta
Porque silêncio sou...

Ser objetiva me espanta
Porque subjetiva sou...

Ser racional me assombra
Porque sombra sou...

Ser poeta me desaponta
Porque não o sou...

Sou o que penso que sou

Quase nada... estou sendo
Sou ,simplesmente,  um vir a ser

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Chegou a hora...

Chegou a hora
De meditar
Contemplar
Refletir...

É tão fácil
Desistir
Deitar na neve
Imergir...

O mundo
Verdadeiro
Esta dentro
De mim...

Eu o penso
Eu o forjo
Eu o percebo
Solitária...

É assim!

Mas,
O vento frio
Me desperta
Para a existência
O fenômeno...

Nesta aparência
Busco, não encontro
O que procuro,
A verdade...

Ela é devorada
Continuamente
Pela necessária
Duplicidade...

Chegou a hora
De pensar
Refletir
Sentir,,,

Este complexo
Misterioso e
Maravilhoso
Existir...

(C´est la vie)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sonhando imaginando o amor...

Eu vivo nas montanhas
Amo o ar gelado e o frio
Adoro ver a neve cair
Acender a lareira e
Tomar uma taça de vinho
Para depois pensar em ti.

Sei onde te encontrar
Posso te ver, ouvir, amar
És minha alegria
Minha inspiração,  poesia
Jamais irei te deixar.

Adoro
Ouvir a nossa música
Sussurrando palavras
Ardentes em torrentes
Entorpecentes
Que me conduzem
Ao paraíso, ao céu

Onde meu Ser
Ardente  e inebriado
Agradece este amor
[Puro e diferente]
Distante, mas presente
Que salva e deleita
A alma da gente...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A arrogância de ser...

Fui amanhecer ou entardecer
Fui dia sol aurora noite ou luar
Fui deserto terra oceano ou mar
Fui abismo profundidade ou superfície
Fui mentira crise ou veracidade
Fui palavras frases ou fantasias
Fui areia movediça ou terra firme
Fui ódio carinho amor ou magia
Fui canção inspiração ou poesia
Fui ideal virtual ou até real
Fui muito tudo ou vazio e nada

Fui homem pleno arrogante finito
Agora, sou só o pó desta estrada.

O Homem...

Uma idéia especial
Que sempre nos acalma
Pensamos que o élan vital
Nutre sempre a nossa alma.

Como o movimento circular
Que nunca se finaliza,
Nosso viver é um devir
Que nunca se realiza...

Sempre envelhecemos,
Não é fácil isso aceitar
É o corpo que perdemos
A alma irá continuar...

Dizem que nosso corpo,
Aprisiona uma alma inquieta
Que luta desesperada
Esperando ser liberta...

Pobre corpo e pobre alma
Vivem em desarmonia
Ignoram seus destinos
E sofrem grande agonia.
Corpo frágil e finito
Com alma infinita e forte
Liberdade ganha a alma
O corpo , encontra a morte...

Isso gera conseqüências
Todas insatisfatórias,
Pois, corpo e alma lutam
Uma batalha inglória.

O homem é um Ser dividido
E por isso é angustiado
Possui uma alma infinita
E um corpo condenado.


sábado, 23 de julho de 2011

Emocional...

É o coração que mostra para nós
As coisas essenciais da vida
Os pensamentos vêm bem após
Depois dessa etapa vencida.

Quando decisões são tomadas
Quem comanda é a emoção,
As idéias só são forjadas
Depois dessa interpretação.

Ingênuo é o entendimento
Que se julga superior.
Maior, é o sentimento
Que é sempre vencedor.

É certo que as paixões,
Nem sempre são realizáveis
Porque sugerem situações
Às vezes, incontroláveis.

Sábia e feliz é a criatura,
Que sabe amar sem sofrer
Sua alma permanece pura
E iluminado é o seu viver

[saber amar, é sabedoria]

terça-feira, 19 de julho de 2011

Hora do retorno...

Caminho descalça
Vou devagar
Examino as pegadas
Que vou deixando
Na esperança
De alguém me encontrar
Sinto o mar e a terra
Me chamando
Como pais
Exigentes...

Mas, sigo em frente
Deixando pegadas
Para alguém ver
E , talvez, me salvar
Antes que o mar
Me alcance
E me abrace pela beira
Ou a terra me tome
Me devore,  inteira...

O vento aparece
E vai apagando
Minhas pegadas
Quer me fazer
Entender que
Minha natureza
É água sempre
E terra,  também
Sou sereia e
Sou quimera...

Agora sei,
Sem lamentar
Devo aceitar
Meu destino
Ser água e pó
Ouvir o chamado
Dos elementos

Hora do  retorno...

domingo, 17 de julho de 2011

Do agradecimento...

Preciso agradecer :

Às estrelas,  porque existem
Para eu admirá-las...

Ao sol,
Porque existe para me aquecer
E para dar vida ao planeta...

À lua,
Porque a percebemos no
Mesmo momento...

Agradecer a você
Porque existe
E liberta meus sentimentos...

Não importa se me ama
De verdade,
Ou finge me amar...

Vale que eu amo muito
E preciso disso tudo
Para alimentar meu Ser...

Quero o sol
Quero as estrelas
Quero a lua
Quero você...

Devo agradecer ao Criador
Que me fez assim
E deu-me tudo isso
Para ser feliz...


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Ouvindo o soar dos sinos...

Os sinos tocam!
Chamam os homens
Chamam a Fé e o Amor

Ninguém os ouve mais...

Seguem para o lado oposto
Surdos, mudos, silenciosos
Seduzidos pelo mundo
Pelas coisas visíveis

Aparências sensuais,
Que os envolvem,  engolem.

Será tarde demais?

O Amor e a Fé se refugiaram
No (pro)fundo dos corações
Deixaram algumas pegadas
Como se fossem fantasmas
Das gentes ainda amadas.

Os sentimentos bons
Continuam escondidos
Querem ouvir os sinos
Estão esperançosos
Não estão perdidos.

Buscam a direção
Guiados pela emoção
Que salva o 'sentido'
Que lhe permite, ainda
Ouvir o soar dos sinos...

Não chores mais...

Por que choras estrela solitária?
Ainda temes a solidão?
Minha amada...

Temes a escuridão?

O universo te ama
Tens ao teu lado Sirius
Mais distante está Polaris
Vives com os entes celestiais
Não chames por mim
Assim... e não chores mais

Abraçes Atria ou Hadar
Esperes tenha calma
Não posso te encontrar
É cedo para minha alma

Não te esqueço jamais
Minha querida mãe
Te amo demais...

(ma mère ma lumière)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Meus olhos se enchem de pranto...

Pouca coisa me toca tanto
E me faz tanto agradecer
Como descobrir a magia
De existir de ver de ser...

Olhar e sentir o perfume
Das belas e coloridas flores
Ouvir o canto dos pássaros
Sentir o vento na face
Perceber tanta beleza
Ver as montanhas e os vales
Confundir-me com a natureza...

Sentir a neve se derramando
Como resíduos das asas dos anjos
Que cobrem a terra de branco
Para me encher de espanto
Com tão maravilhosa paisagem...

Meus olhos se enchem de pranto
Ao me deparar com este encanto...

O Outro... é nós.

Começamos a viver
Quando começamos a pensar
Gostar de nós mesmos
Reconhecer o Outro e amar...

Após este primeiro passo
Começamos a refletir
Temos agora o Outro
Podemos evoluir expandir...

O Outro é nosso igual
Provoca perplexidade
Compreendemos então
Que ele é a nossa metade...

Existimos para o Outro
Ele existe para nós
Interagindo com o mundo
Jamais estaremos sós...

O Outro é nós simplesmente.
Nós somos o Outro também
Só assim nos reconhecemos
Não estranhamos ninguém...

O Outro também é diferente
Isso se deve bem respeitar
Nós e o Outro somos únicos
Mesclados e singular...

Quando o Outro nos cansa
É preciso bem decodificar
Se o problema é ele mesmo
Ou somos nós a nos desgostar...

Quando tudo se combina
Afastamos a solidão
Entranhados nós e o Outro
Fundimo-nos somos união...

A intuição percebe...

Sabes como massacrar
Basta não me olhar
Me ignorar...

Morro de bem querer
Morres também por
Não entender...

Te amo nesta dor
Me amas do teu jeito
Assim, matamos o amor...

Emoções brotam
A intuição sente percebe
A razão conhece... desvanece

(nos mal-entendidos tudo fenece)

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A morte do Amor...

Me despeço
Nada mais
Existe

O céu,
Morreu no azul
Agora é cinzento

O sol,
Queimou inteiro
Se apagou

A lua,
Escureceu e
Silenciou

As estrelas,
Tombaram
No buraco negro

Eu morri
Devagar sem
Lamentos

Abraçada
À morte
Do Amor...

Música sem final...o (a) mar

Ouviram alguma vez
Aquele som lindo
Aquela música forte
Como uma sinfonia
O belo canto do mar...

Um encantamento
Sua longa voz
Uma magia...

Ele não sussurra,
Ele grita alto para nós...

A vida é imensa!

Não desistam
Vivam amem
Estou aqui
Naveguem...

(música sem final... o (a) mar)

domingo, 10 de julho de 2011

Quero ouvir... quero mais

Quero acariciar tua face linda
Quero teus beijos roubar
Quero tocar o teu corpo
Quero muito muito te amar...

Quero ouvir teus gemidos
Quero sentir teu calor
Quero unir nossas almas
Quero me fundir no amor...

Quero olhar nos teus olhos
Quero tua doce boca beijar
Quero que me enlaces com força
Quero teu desejo saciar ...

Quero ser (te) fazer feliz
Quero tudo demais
Quero ser teu infinito
Quero ouvir... quero mais

sábado, 9 de julho de 2011

Multidão...

Sou um ser sou natureza
Sou humana sou animal
Sou cultural...

Sou mãe sou filha
Sou gente sou amiga
Sou virtual...

Sou esposa sou amante
Sou amada sou desprezada
Sou programada...

Sou anarquista sou pacifista
Sou livre sou escravizada
Sou cidadã...

Sou especial sou banal
Sou original sou singular
Sou universal...

Sou mentira sou verdade
Sou inteira sou metade
Sou solidão...

Mas,

Sendo tudo sou todo
Sou união sou fusão
Sou multidão...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por que acordei?

Vivi
Uma existência
Adormecida...

Num momento
Feliz
Despertei...

Mas,

Não existia
Mais Vida
Nem tempo...

Por que acordei ?


http://www.luso-poemas.net/modules/news/index.php?uid=11615

A intuição percebe... a razão desvanece

Sabes como me massacrar
Basta não me olhar
Me ignorar...

Morro de bem querer
Morres também por
Não entender...

Te amo nesta dor
Me amas do teu jeito
Assim, matamos o amor...

Emoções brotam
A intuição sente percebe
A razão conhece...desvanece

(nos mal-entendidos tudo fenece)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sabes quem sou?

Não fico amargurada
Com a verdade
Não padeço de orgulho
Em consentir existir...

Sou assim,
Pura invisibilidade
Sou energia potência
Só atinjo minha consciência...

Sou fada para alguns
Assim quero continuar
Se algo desleal me atingir
Feneço até com um olhar...

Sou como um potente radar
Detecto tudo... todo mal
Deste me afasto fujo
Antes dele me avistar...

Nunca feri ninguém e
Por perceber o desamor
Desejo me proteger
Sou feliz no meu querer...

Sou neófita de Homero
Só a Poesia eu quero
Vamos nos tranqüilizar
Quero só o Amor abraçar...

Não alimento impossibilidades
Mas aceito todas as Verdades...

Sabes quem sou?


http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=191531

terça-feira, 5 de julho de 2011

Minha liberdade...

Minha cabeça vive infestada
De pensamentos idéias
Que me enlouquecem...

Só me liberto
Escrevendo-as
Transformando-as
Em mágicas doces palavras...

Sem um instante de sossego
Quer acordada ou dormindo
Os meus sonhos ali estão
Para me atormentar
E exigir que os externe
Em belas palavras também...

Deve-se parar de pensar
Em termos de inicio e fim...

É o que flui em nós
Nossos sentimentos
Nossos pensamentos
Nosso viver continuo
Que valida nossa Vida
Eterna... sem finais

Estive muito tempo
Encarcerada
Você foi (é) a chave
Da minha liberdade...

Meu eterno amor
Minha Poesia...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A Primavera e os Poetas...

A primavera chegou
Com ela as belas flores
As matas verdejantes
A Natureza acordou...

Cupido, deus do amor, chegou
Filho da bela deusa Afrodite.
Unindo o amor e a beleza
Élan da Vida da Natureza...

O Cupido sempre criança
Lança suas flechas nos homens
O amor nasce em todo lugar
Era só a Primavera chegar...

Aproveitem humanos
Dionísio aqui aportou e junto
As Musas e Ninfas chegaram
Os Poetas, enfim, acordaram...

Enlouquecer de paixão...

Quando passares naquelas muralhas
E ouvires gritos lamentos descabidos
De uma mulher endoidecida chorosa
Que ora sussurra ora geme bramidos

Ela tem uma história muito triste
Era bela inocente doce delicada
Por isso foi demasiadamente amada
Jovem feliz uma alma pura abençoada

Um dia a desgraça bateu a sua porta
Seu amor enganado vendeu sua afeição
Foi cruel...a moça frágil perdeu a razão

Agora insana chama sempre por seu amado
Que também se tornou um pobre desgraçado
Mas, só ela enlouqueceu de amor e paixão

domingo, 3 de julho de 2011

A minh´alma lamenta e chora

Quando se maltrata um coração
Permitindo que o sangrem
Por mal entendidos aflitos
Com inconsciente permissão
O castigo logo vem...

A escuridão vai surgindo
Devagar vai te engolindo
Tua vida se exaurindo
A solidão chegando
Ninguém para te dar a mão...

Sinto a dor por nós dois
Não tenho culpa desse amor
Ele nos escolheu sozinho
Mas és tu que o ignoras
E és tu que o jogaste fora...

A minh´alma lamenta e chora
Mas, a auto-estima permanece
Sabe quando deve finalizar
As feridas injustas fecham
É o momento da Luz... cicatrizar

quinta-feira, 30 de junho de 2011

O jardim de flor e amor...



Das flores sinto o perfume
Dos gerânios o encarnado
Das violetas o roxo intenso
Dos cravos o beija-flor alado
As orquídeas multicolores
Abraçam as árvores frondosas
Que lhe acolhem amorosas
Numa simbiose deliciosa

A Rosa rara ( maria )
Preciosa flor rainha
Do grandioso jardim
Cultiva amor amizade
Coração alegria felicidade

Surge uma vontade
De sorrir e de chorar,
Observando tanta beleza
Tanta natureza verdade
Nestas mágicas imagens
A desvelar sentimentos
Toda nossa emoção
Nestes doces momentos


Dedicatória à amiga Rosamaria

segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Fênix e o Destino... eternos imortais.


Chorando percorria os sepulcros, acompanhada da irmã que olhava os jazigos com indiferença. Era uma despedida. O pai esperava atento na entrada do Panteão. Ela se lamentava “gosto tanto daqui não queria ir embora” e as lágrimas escorriam em sua face. A outra respondia ”para mim tanto faz, sou neutra”. Ali estavam enterrados todos os companheiros e companheiras das gêmeas: a amizade, o respeito, a compaixão, a lealdade, a dignidade, a nobreza, a solidariedade, os que restaram seriam dizimados pelos, agora, vitoriosos senhores - Estados Grandes Otimizados Solitários (EGOS) – seres lobotomizados, sem emoções cruéis e torturadores...

Tinham derrubado o último baluarte, assassinado o chefe da resistência. O sepultamento era do AMOR, não resistira e sucumbira também. Assim, este planeta ficava entregue aos grandes EGOS, frios assassinos famintos - devoravam as virtudes e as emoções que restaram com imenso prazer...


O pai gritou “venham meninas, está amanhecendo, o planeta vermelho nos espera”. Assim partiram para sempre com a eterna amiga FÊNIX (marciana há tempos, era filha do Fogo) - o senhor DESTINO e suas filhas gêmeas, ESPERANÇA chorosa e a SORTE indiferente, em busca de seres menos brutais...

A FÊNIX, sempre discreta, não relatara aos amigos que há tempos tinha levado os senhores do OLIMPO e PANDORA para o belo planeta que se esfriara dando condições de um novo mundo acontecer - O ciclo iria se repetir? - deuses, semi-deuses, heróis, mitos,homens...progresso. Porque ali em Marte aportavam os estrangeiros viajantes que buscavam a salvação. Lembrou-se, também, que esse fenômeno já tinha acontecido milhões de anos atrás aqui na Terra. Afinal a bela FÊNIX era eterna ... imortal.


ALICE LUCONI NASSIF

domingo, 26 de junho de 2011

Um instante de escuridão...

As fadas más me acompanham
Desde minha origem nascimento
A adversidade é companheira matreira
Fraqueza fragilidade muita tristeza
Sempre nos braços da desventura
Só me resta benzer minha maldição
Voar nos braços do anjo negro
Para o íntimo o fundo a profundidade
Para questionar a alma ou o coração
Que não respondem a nenhum apelo
Com isto dilaceram quem busca a Verdade
Porque quando se encontra algo - é assustador
É a pulsão da morte a finitude pura insanidade
Melhor dormir sonhar imaginar que existe amor...

sábado, 25 de junho de 2011

Todo meu ser se transfigurou...

Caminhando nesta estrada
Vou perdendo meus pedaços
Foi-se as ilusões e os ideais
Não eram reais só virtuais
Ocupavam espaços demais...

Continuo e sinto algo
Se despedaçando assim
Machucou sangrou feriu
Era a confiança e o amor
Arrancados à força de mim...

A estrada se retirou
Sumiu... e o abismo
Devagar se aproximou
Minha alma me abandonou
E o meu corpo mergulhou...

Antes de me estraçalhar
Algo delicado me amparou
Voamos fundidos abraçados
Como dois seres alados
Era a esperança me salvou

Voltei a ser inteira a dor findou
E todo meu ser se transfigurou...

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Um viver sem amor é precário e triste

Não vale mais a pena insistir
Em um amor egoísta e ingrato...

Confesso que não queria desistir
Mas as desilusões me forçam a isso
As renúncias foram demasiadas
Cansei desta repetição insensata...

Antes gostava de lutar de rebater
Isto era prova de bem querer em mim
Para meu pensar meu refletir meu sentir
O meu silêncio minha indiferença são provas
Que o vínculo quebrou e o amor exauriu...

Porque gastar tempo com quem
Não enxerga a beleza e nem escuta mais
O som deste sentimento que agora agoniza
Um lamento tristonho angustiado
Morre a esperança e morre o amor...

Um viver sem amor é precário e triste
Só sombras vivem assim... infelizes
Não quero mais isso para mim...

Hoje consciente
Re-aprendi a amar...

Amo o sol amo as nuvens
Amo o vento amo o céu azul
Amo tudo que brota da Natureza
Porque natureza eu também sou...

Sombras escuridão cavernas não me atraem
Nem para esconderijo quando minha alma sofre
Chora e se lamenta... num momento infeliz
Porque aprendi a me amar me respeitar...

Preciso saber superar este agora
Seguir o que meu coração diz
Ser forte deixar a dor ir embora...

Aprendi a fugir de qualquer coisa que imponha
Ou insinue o oposto para meu modo de ser
Minha essência se purificou não é mais belicosa
Deseja amar doar sentir e muito amor fruir
Para no final da vida na paz na harmonia
Livre e realizada... suavemente se extinguir

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Amar... sempre vale a pena

Estamos a nos rodear
Com palavras ardentes
Como presentes...

Mas, sabemos
Para onde isso
Vai nos levar
A nenhum lugar
Real...

Mas,
Ficamos felizes
Com o imaginar
Com aquilo
Que podemos
Viver e contar...

Existimos
Nos conhecemos
Viajamos no pensar
Nos amamos no sonhar...

Com certeza
Vale a pena
Para nós dois
Qualquer modo
De AMAR...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O elogio, o gosto e a razão...

A razão,
Também chamada de bom senso
É naturalmente igual
Em todos os homens
A capacidade de bem julgar
E distinguir o verdadeiro do falso
Todos a recebem ao nascer existir

Gostos não se discutem
Se respeitam
Porque o gosto é a faculdade
De julgar um objeto
Ou um modo de representação
Sem nenhum interesse
Por uma satisfação pessoal
Bem particular...

E quando elogiamos alguém
Ou um trabalho
É porque este nos agrada
Quer dizer gostamos
Nos proporciona satisfação
Este elogio é um agradecimento
Pelo deleite que fruímos
É também a demonstração
Para os demais
Dessa nossa apreciação...

Gosto elogio é meu é teu
Sempre único pessoal
Jamais coletivo universal
Nunca o queira julgar
Pois será em vão infeliz
Teu curioso desejar...

Logo,
A liberdade de expressão
O respeito à opinião
Torna-se nesta questão
O quesito principal...

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Homem ingrato...


Cai uma por uma todas verdades
Cai toda convicção ingênua
Cai todos sonhos inocentes
Cai o mito da lealdade
Vence o falso a deslealdade

Sempre é assim quando se doa
Afeto para alguns corações
Pseudo amigos amores irreais
Que se nutrem de sentimentos
Consumindo devorando emoções

Sempre avisaram destes perigos
Mas os puros desacreditaram
Hoje pagam a conta que negaram
Guiados talvez pelas carências
Vencidos se sentem atraiçoados

Cai uma por uma todas virtudes
O Homem se mostra integralmente
Seduzido pelos vícios e traições
Desvela sua origem sua criação
Descendente da Eva e do Adão

(condenados pela inveja e ingratidão)

domingo, 19 de junho de 2011

Minhas necessidades...

Quero imaginar
Acreditando

Quero andar
Cansando

Quero falar
Sussurrando

Quero abraçar
Apertando

Quero cantar
Dançando

Quero beijar
Suspirando

Quero fazer amor
Gostando e...

Preciso estar sempre
Amando

Necessidades minhas
Vitais... essenciais

terça-feira, 14 de junho de 2011

A tua imagem é o teu amor...

Como a tua imagem
Está em mim
Quer acordada
Quer sonhando...

Ela se aninhou na minha alma...

Se fecho meus olhos
Sempre te vejo
Minha visão interior
Absorve-te por inteiro...

Te acomodas no meu coração...

Derramas-te
Sobre meu sentir
Como uma chuva
De puro amor a fluir...

Gosto que seja assim...

Envolves os meus sentidos
Enches o meu intelecto
Nada me parece incerto...

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pensando o poeta...

A beleza da poesia é o imprevisto
É na execução que nasce a beleza
Procura-se a palavra certa
O poeta tem esse dom, essa natureza
Encontra a verdade e a harmonia
No seu intimo e na sua intuição
E deste encontro nasce a sua poesia
Pois o poeta fala com o coração
Assim era Homero, um poeta
Um pensador e um gigante na sua execução
Sempre ultrapassando com a inspiração
A própria concepção. Assim são os poetas
Trazem aos homens muito amor
Recriam a vida pela imaginação
Colhem seus versos nos pomares da esperança
Onde nascem como uma bela e eficaz oração...

domingo, 12 de junho de 2011

Surpresa final...

Sobre nosso céu,
Jamais pairou uma nuvem.
Instantes profundos vivenciamos...

Mas, como tudo finaliza
Nosso momento passou
Não foi a dúvida que nos separou
Foram as nossas certezas...

Temos medo da verdade e do porvir
São eles que geram a abundância
Ou o vazio que nos devora
O viver é sempre assim...

Devagar, estes apagam a chama
Que um dia em nós existiu
Então, descobrimos surpresos
Que o amor tem inicio e fim.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Ah! Se eu soubesse onde se esconde a minh´alma...

Ah! Como gostaria de descobrir
Onde se esconde a minh´alma...

A invisibilidade do meu Ser
Potência vital do corpo
A fonte das minhas emoções
Dos meus sentimentos
Das minhas sensações
Dos meus pensamentos
Todos, que regem meu viver...

Queria sussurrar para ela
Devagar, carinhosamente...

Só tu podes me salvar!
Jorrando a vontade, o interesse
O motivo, o amor, a necessidade
Que nutre a vida, o coração...

Controlas minha razão
Minha caprichosa mente
Tenho por ti enorme paixão...

Ah! Se algum poder eu tivesse
Soubesse onde minh´alma se refugia
Lá no fundo profundo do meu Ser
Para ela confessaria...

Se sou pura química, energia
Que te nutre , te irradia
Tenhas pena de mim
Fiques no pólo positivo
Me faça semear o Bem
Me abrace com carinho
Quero amar, quero paz, harmonia...

Neutralize o pólo negativo
Ele deve existir? Tudo bem
Adormeça-o, não o deixes
Despertar, fugir do abrigo
Escondido contigo...

Me ilumines, afastes de mim
O cálice do fel , sofrimento
Não quero maltratar, magoar
Não quero sofrer nem chorar...

Me ajudes a ser inteira, não metade
Verdadeira, autêntica, não aparência
Quero saber semear a felicidade
Quero plantar carinhos, colher afagos
Quero encontrar minha Verdade...


Ah! Se eu soubesse onde se esconde
A minh´alma...

(adormeceria segura nos seus braços)

Poesia é magia... com(paixão)


Quando
Escrevo
A dor
O sofrer
Se apaixona
E abraça
As palavras.

Só neste
Instante
Esta dor
Liberta
A alma
O corpo
O coração.

Poesia,
Além de
Magia
É também
Compaixão
Por mim
Por ti...

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Amor fati...

Os outros a nos olhar
Dizem aquilo que somos
Queremos também enxergar
Tudo aquilo que fomos.
Fazemo-nos humanos
Com os outros racionais
Aqueles que reconhecemos
Como seres... nossos iguais.

Quem aceita aquilo que é
Respeita qualquer contrário,
Vive o presente e tem fé
Sabe amar o necessário.
Quando tudo assim acontece
A vida corre placidamente
O homem então se engrandece
Pois aprendeu a viver, plenamente.

domingo, 5 de junho de 2011

Uma nova mulher...


Sofro,
Porque conheço meu fado
Tremo, sinto calafrios
Venci, derrotei o vazio.

Fui exilada,
Não me importa mais
Desisti, transgredi
Reagi... fui assim!

Matei de um só golpe
A carência
Que tinham plantado
Em mim.

Em tempo algum
Nenhum sentimento
Deve ser maior
Que nossa liberdade.

Nenhum efeito
Deve ser maior
Que aquilo que o causou.

Libertei-me... sou outra!
Renasci no ato da revolta.

Quando perguntarem
Direi que não existo mais
Alforriei-me, sou livre.

Tornei-me uma alma
Iluminada, corajosa e feliz
A noite de outrora acabou.

O presente (agora) me diz
Que aquela mulher sofrida
Se foi , desvaneceu-se
Com o nascer da aurora...

sábado, 4 de junho de 2011

Puro medo de te perder...



Não existe nada melhor que amar
Nem existe nada superior de saber-se amada
Me perdoe se duvidei, escancarei, sou assim
Barulhenta,  insegura, bem apressada...

Às vezes, não dou conta do desassossego
É puro medo de não te sentir mais
Porque vazios me assustam, demais
Trazem escuridão junto com a solidão...

Sou incomoda, sei disso, instigo e insisto
Acho que este amor nem deveria acontecer
Tudo tão irreal e distante, mas
Tenho muito medo de te perder.

Poderás um dia me perdoar?
Por te desejar e te querer?
Por tanto te amar?

Nem eu consigo me absolver...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Perigosos venenos...



Nada pode nos haurir
Mais rápido, do que
As emoções de mágoa
E de ressentimento.
Estas, são venenos
Para nossa alma frágil.

E, esses sentimentos
Devem ser vencidos
Ou adormecidos
Pelo espírito forte
Onde o pulsar da vida
Deve prevalecer... sempre.

A vida salva e cura
O antídoto, contra este
Perigoso envenenar.

(o ódio destrói tudo, menos a si mesmo)

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Sussurros...


Cuidado,
Com o sussurrar
Da nostalgia
Que o passado foi melhor.

Cuidado,
Com o sussurrar
Da esperança
Que o futuro será melhor.

Na verdade, ambas mentem.

Mentiras têm mil faces
São super interessantes
A verdade é sem graça
Uma só, insignificante.

Mas, o que vale para nós
É o presente
Os nossos instantes.

Estes sussurros
Que são marcantes
Porque , são fontes do viver
Momentos significativos
Que geram a energia vital
Permanente e incessante.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Momentos meus ... momentos teus.

Há momentos na vida
Que nos enviam aos céus.

Sentimos tanta alegria
Que esquecemos o sofrer
Ignoramos a dor, e
Banimos a melancolia.

Estes instantes são aqueles
Que superamos nossas mágoas
Sentimos que estamos libertos
Nossas correntes se romperam
A vida se mostra plena para nós.

Leves e livres , levitamos
Conseguimos voar
Nos afastamos da seara
Onde deixamos os sofrimentos
Para estes, simplesmente
Acenamos... adeus!!

(momentos meus... momentos teus)


segunda-feira, 30 de maio de 2011

A presença da tua ausência...


A presença da tua ausência
Me convida a pensar
Re.afirma que te perdi
Sem pregar... esqueci!

Pedi para ires embora
Porque não sabia mais amar
No presente... aqui agora
Sinto a dor dos finais.

Não se resgata os momentos
O passado os devora, por inteiro
A lembrança desvanece na memória
Que devagar apaga nossa história.

A presença da tua ausência
Me convida a pensar
Alimenta minha tristeza
Na finitude do meu olhar.

(o amor é assim...início, meio e fim)

Tudo que sou me espanta...

Ser pensante me assombra
Porque angústia sou...

Ser falante me admira
Porque silêncio sou...

Ser habilidosa me espanta
Porque nada sou...

Ser objetiva me cansa
Porque subjetiva sou...

Ser humana me assusta
Porque finita sou...

domingo, 29 de maio de 2011

Assim é a vida... um eterno recomeçar.



Acordei, sem desejar acordar...jamais
Meu hoje seria triste, sabia
Queria poder fugir, mas
Meu ontem açoitou...demais.

Um estranhamento se apossou
Do meu pequeno e frágil Ser
Surgiu a náusea, gosto ruim
Precisava voltar a adormecer...

O passado me assalta, cheio de braços
Este polvo abraçava forte
Se mostrava agora, agia
Re.aparecia, existia, sufocava...

Mas o estranhar,  sofrer
Eu o construíra, era meu
Minha vivência, minha razão
Minha emoção, meu coração...

Venci o mal estar, reconheci
Olhei o céu com o sol a brilhar
Sequei minhas lágrimas
Comecei a me perdoar, superar...

(assim é a vida... um eterno recomeçar)

terça-feira, 24 de maio de 2011

A dor , a perda... o desejo.


Quando nasceste
Agradeci a Deus
Tamanha alegria
Pedi que te protegesse
E me permitisse ver-te
Crescer e vencer na vida
Pois eras minha querida...

Jurei te proteger sempre
Meu amor, minha filha
Esqueci que o mal existe
Na natureza humana e
Assim como a tristeza
Não podem ser evitados
Surgem como a maré...

O horror chegou, te levou
O destino te atraiu, te matou
Minha vida se foi, acabou
Acorrentada na dor, sofro
Sonho com o céu, quero voar
Tua imagem vive no meu olhar
Só desejo te reencontrar...


terça-feira, 17 de maio de 2011

É muito bom falar de amor...



É muito bom falar de amor,
Mesmo que ele não nos habite mais
Mesmo que estejamos a chorar...

É muito bom falar de amor,
Mesmo que nem mais acreditemos
Que um dia voltaremos a amar...

É muito bom falar de amor,
Ele emana o élan do sublimar
Transforma dor num buscar, desejar.

É muito bom falar de amor,
Vivido, querido, sofrido,  vencido
Que morre como a eterna Fênix.

(para depois ressurgir... ressuscitar)