sexta-feira, 30 de março de 2012

[no espelho...arrependimento ]

penso sempre

em pedir perdão
por ter me desviado
de ti... de nós

arrasto me no labirinto
sedutor onde me inebriei
no perfume das guirlandas
interrogativas... sim ou não?

tulipas enfeitiçadas
pelo ramalhete da justificação

armadilha amaldiçoada
de vida fechada
pensada... sem emoção

amor autêntico
dispensa explicação
acontece na possibilidade
na abertura... coração

vive em qualquer dimensão
espaço e tempo se diluem

mas,
o sentir foi esquecido...

o amor desamparado
arrancou as raízes
e sem as paixões
morreu de inanição

e,

fiquei sem ter
a quem pedir perdão

[talvez... àquela no espelho]

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