segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Olhos que espreitam...


era chegada a hora
hora do lusco fusco,
do cinzento das sombras
quando a luz se enamora das trevas.

a saudade chega, bate no seu coração
entra e olha-a. fala palavras murchas,
palavras que um dia cheiraram rosas.

lembra do laço da esperança
que um dia foi liame, tão forte.
muitos foram os sinais. desapareceram
empalidecidos pelo tempo da ausência.

agora tudo está diferente
enegrecido e consumido
como um espectro, sombrio.

afaste-se, não a siga mais!
solte as suas mãos trêmulas!

hoje ela é outra, uma estranha.
mudou seu rosto e os seus passos
nem ela mesma se reconhece mais.

vive evadida de si mesma,
nada de antigamente permanece
a não ser seus olhos que espreitam, à distancia
[como pássaros nas alturas de passagem].

...e,ainda recordam o amor que um dia existiu.




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