quarta-feira, 22 de maio de 2013

O suplicio da saudade


há as horas mórbidas , forjas da dor
aranhas famintas tecendo o desespero
devorando o tempo e o angustiado

antes, duros aguilhões ferem o coração
e o sangue vertido ingere  toda  luz ...

na escuridão, brotam as lembranças
do paraíso perdido - a paixão -
onde havia fartura de[ternuras ]

caricias, deleites, beijos e afagos
dourados êxtases,  ora sombreados...

cessam os ventos  desta  alquimia , mas
na  calmaria , silva n´alma , outra tempestade
é o arauto , aziago,  que se aproxima
carregando as nuvens da infelicidade...

[ e soam as badaladas das horas cruéis]

... cantam com o sentimento da amargura -
a morte prematura de um grande amor

cravando no peito,
este suplicio... de eterna , saudade.




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