quarta-feira, 3 de julho de 2013

Inesperado fim...


 há em mim tantos seres( in)diferentes
que espantados  com esta multiplicidade
movimentam –se velozes nestas ‘aparências’
em que se veem obrigados a se transformar.

 se perfazem e se desfazem nos momentos
como quimeras e sereias , meras efemeridades.

e, sem saber o porquê destas mutações
 as minhas faces, inefáveis, colhem vidas no labirinto
do intelecto,  espelho e reflexo deste estranhamento.

o homem  inteiro, quebra em pedaços
é  homo.corpo e homo.alma,  sementes
 dos seres , sem fim , que  me habitam

postos e opostos,  se amam e se odeiam
ambiguidades  ubíquas em mim...

e, sem onisciência , mergulho no onírico
que regulador da minha sanidade,  doa
sentidos e significados a tudo que me envolve.

 recompõe todas as lascas deste enigmático ser
que  em explosões , contínuas , me controla

até meu despertar...  o inesperado fim.

















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