quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O estranhamento nutre o artista... da vida.


 uma revolta se desvela,  é arte
como força  espontânea e incontrolável
que brota por reação ao desconhecido 
 a essência ,  o fundamental do humano
que envolve um estranhamento
ao ‘ser’ inefável que não é,
porque está sempre se perfazendo
“ sendo”.

só pode ser aquele  que luta contra o mistério de si mesmo
traduzido na angústia abissal que o sangra
[desde o ventre até a fria tumba]
sofre por se desconhecer
é incognoscível
enigma.

não sabe quem ou o que é, crê  que nunca saberá
busca , desesperadamente ,  esta ‘sabedoria’  misteriosa
‘sente’ ser o verdadeiro culpado
que gera a dor, o desespero
ao aderente “eu”
 que o envolve

é
 solidão.

... logo,  o conhecimento de si mesmo é o mais desejado
 também,  o mais impossível, sempre escondido no intimo
que nutre o espiritual  - transformador, etéreo e invisível .

... mas , se descobre  pelas escolhas que se permite
ao educar seu curioso ’ olhar ‘ que mira as imagens
metamorfoseadas  - desconhecidas e recatadas
do seu verdadeiro ‘ser’,   precioso estranhamento
  mescla de admiração,
e espanto...

... assim se apresenta ao Outro,  em aparências mil
que se desdobram  em linguagens  múltiplas, criativas
projetadas  para autenticar-se...  na reflexão da essência
de si para  aquele que quer  lhe  ‘saber’  , conhecer
ele se vê no Outro...

nesse movimento , nesse desejo , nesta procura
(insistente e persistente, é necessidade)
que este ‘ eu’  e o Outro forjam um existir

sempre“ sendo”  ,  sempre  “ a.parecendo”
surpreendendo a si mesmo
dia a dia, cotidianamente...

então,
abraça esta ‘sabedoria’ fugaz
que lhe diz
ser

o  grande artista
da própria
 vida.




































Nenhum comentário: