terça-feira, 18 de junho de 2013

[só queria... ]


flutua devagar nas sensações
no oceano  da vida que tudo envolve
e sente a dor profunda do “finitus”,
queria abraçar a imortalidade...

teme perder tudo que ‘sente’
sofre,  foge  da convivência amorosa
é o intenso pânico da existência
que se derrama no tempo, prazerosa.

a alma sonha , desejosa...  quer voar!
mas  os ossos pesam no destino imutável
e o ser desiste da ilusão onírica , alada
que é poeira cósmica do inescrutável.

fios de seda tecem pensamentos e sentires
no casulo,  todos os instantes são contidos
a metamorfose expele lembranças vividas
num consolo rumo ao desconhecido.

e o medo invade , por tudo que é amado
medo de perder a coragem [ felicidade]
o homem é o herói do drama da vida
cujo único destino é a fatalidade.

a morte ronda desde o principio
morrem anos,  morrem paixões
morrem sonhos e morrem pulsões

vida, é a experiência da mortalidade.

e,  continua a flutuar nas sensações
no oceano  desta vida que tudo arrasta
e sente a dor profunda da ‘finitude’

queria só fruir [d] a imortalidade...







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