segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Gratidão...


gosto de te ver chegar, descobrir que ainda vivo
existo na curiosidade, na admiração e no espanto
por isso te(me) torturo tanto com meu canto.

fala-me do começo do mundo!
quando o Sol ,  ardente , cobriu a Terra
penetrando –a com sua semente...

com o fogo queimando  seu ventre
gerou a filha mais preciosa  -  Natureza
uma inocência plena de belezas e essências.

[vestes verdes e mares transparentes
cheios de seres e cores , geleiras e desertos.
na sua cabeleira - nuvens, estrelas e luar]

Fala -me das montanhas !  dos minérios,
das pedras preciosas, do  rico ouro
 não o ‘ouro negro’,  gen. fossilizado[ desgraçado]

fala -me de mim ! esta que vês,  cotidianamente
quem sou , verdadeiramente? para que fui criado?
por que sou um Ser vivente e (in) consciente?

[consciente do próprio destino. tão trágico! ]
queria ser só instinto,  selvagem e espontâneo
sem  a ‘razão’, invento de controle - sofrimentos.

queria ser pedra, queria ser vento
queria ser sensação, sem pensamentos
queria ser só intuição, sem entendimentos.

queria ser o tempo , não o viajante
queria ser descansos,  não cansaços
queria  ser  saudável, não (tão) doente.

mas, quando  chegas com tua ternura
e, me despertas com teu ruído dourado
ó doce Aurora ! tudo desaparece...

és o alivio destes meus ‘dias’,  
os feitores cruéis desta loucura
e, só consigo te dizer -  obrigada!!!

sei , sim!  é mais loucura!
isto tudo soa como nascitura
uma escritura do inacreditável !?


















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