o poeta não é um ser especial,
é um homem comum, em fuga.
foge da estupidez da sua realidade,
do vale das sombras que lhe acorrentam
usa sua linguagem para a liberdade...
sua nave fantástica, viaja milhas sem parar
para frente e para
trás, para cima e para baixo
não tem rumo certo, nem direção...
visita o céu e o dança no inferno
se funde ao sacro e ao profano
vai ao passado e ao futuro , em instantes.
um ir e vir... de
pensamentos e emoções
que as palavras tentam dizer, mas
nunca conseguem...
porque, o poeta é
um ser dissimulado,
anda por atalhos, não sabe o que é
nem onde pode chegar...
caminha na neve, quer ser gelo
corre no deserto, quer se queimar
mergulha no oceano, quer ser água
e, voa com as
nuvens, quer ser ar.
... mas, acaba sob
a terra.
seu calvário não é viver, e sim
não saber por que vive assim
neste desespero... existencial.
numa caçada espiritual, por respostas
impossíveis... da
escura eternidade
do antes e do depois, de si...
um homem comum , em fuga
que busca
embelezar a realidade
numa linguagem quase mística...
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