domingo, 14 de setembro de 2014

Abismo...

 
às margens 
do infinito,
se escondem 
os olhos fundos,
das sombras... 
sem piedade, 
revelam
os mistérios 
ocultos...
 
é chegada, 
a hora da verdade.
a imaginação
não resiste,
cava fundo
meu interior
salivando
desespero
e dor...
 
as lágrimas,
pingos do mar
que me habita
gritam...
sopram o som
da esfinge,
obreira 
do enigma,
morte...
 
a morada,
construida
com carne
e ossos,
pedras
de sangue,
areias
movediças,
vai ruir...
 
é inevitável,
a sina
anunciada...
num instante,
tudo se descerra.
abre-se,
a eternidade,
o abismo
espera...
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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