segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Coração perdido
Sigo pelo bosque
Sinto o esquecimento
Sem pensar, por instantes.
Quero sentir toda beleza
Quero apreciar me integrar
Quero ser só natureza.
Preciso desse descanso
Para avaliar intimamente
Meu continuo pensar ou pesar.
Tenho me sentido mal
Como o rei Tântalo
Que furtou
Num banquete no Olimpo
O néctar dos deuses
Para entregá-lo ao deleite
Dos mortais...
Foi castigado
Ao suplício perpétuo
De padecer de sede e de fome
Tendo sempre à vista
A água e o alimento
Que carecia
Sem nunca os alcançar.
Que furtei?
Jamais saberei...
Mas sinto a felicidade fugidia
Diante do meu olhar sequioso
Intangível e inalcançável
Sinto a todo instante
Este suplicio “tantalizante”
De padecer, sem merecer...
Sou castigada
Por ser amada
Perceber a paixão
E nada poder sentir
Meu coração se perdeu
Minh´ alma o furtou
Protegeu, escondeu...
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5 comentários:
Querida Alice, hoje me vesti da sua poesia. Tem momentos que precisamos silenciar para deixar nascer a Paz.
Otima semana!
Helen De Rose.
Um poema simplesmente maravilhoso, onde qualquer ser humano se pode espelhar! Bjs
Querida amiga Helen...acho que muitas respostas estão dentro de nós mesmas.O calar é uma sabedoria também...o silêncio guarda a verdade.
Adorei tau visita, obrigada.
Bjs,ALICE
Amiga Célia, gosto das tuas palavras...sempre.
Obrigada de coração.
Bjs,ALICE
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