terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ah, bendita dicotomia! Bendita razão!

Sabes, não interessa saber como ou quando tudo termina. A gente sente o deserto que avança se apossando da alma e devorando tudo. Aquilo que era importante e colorido, agora é desbotado e indiferente. A cabeça ferve cheia de questionamentos, pois os sentimentos não existem mais... desvaneceram.

Como um gesto infeliz, uma atitude irresponsável, palavras(mal) ditas, um silêncio eterno ou uma omissão podem causar tanto dano às emoções (positivas)? Estas açoitadas e doridas se transformam num mal-estar que traz náusea ao Ser.

Emoções são assim, instáveis e desapegadas. Se “afetam” com todos os “acontecimentos” e “descomprometidas” somem... Assim como doam prazeres, alegrias ou dores e sofrimentos , também retiram tudo... E, de repente não se sente mais carinho, não se sente raiva, não se sente tristeza. É muito pior, porque não se sente mais nada ...só um enorme vazio.

Mas, o que salva é o pensamento dual que nutre uma razão esperançosa que surge nestes momentos quando a emoção(irracional) desaparece.Este dualismo afirma que para existir a noite deve haver o dia, para existir o mal deve haver o bem, para existir a escuridão deve haver a luz e para este vazio existe o oposto, uma plenitude... que nasce no devir deste movimento circular que chamamos de Vida. Um eterno retorno que me consola... minhas emoções estão só “adormecidas”...

Ah,bendita dicotomia! Bendita razão!

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