Meus castelos de pensamentos
Nas areias movediças afundam
Sem eira nem beira... invisíveis.
A vida não é constituída de castelos
Estes tolos ‘sem eira nem beira’
Construídos para o baile de máscaras
(de reis, rainhas... e súditos)
Do universo das ideias, belas fantasias...
Vida é a realidade (o cotidiano)
O tapa na cara da fome e da miséria
O beijo em todas as bocas sedentas
Que sangram feridas pela injustiça
E gritam para acordar os insensíveis
Aos lamentos distantes... ou próximos.
Choram (também) as crianças
Órfãos do amor e da compaixão
Daqueles grandes e poderosos
Que podiam evitar a destruição
Dos corpos e das almas que se perdem
Nos braços da morte nas guerras incentivadas
Pela soberba e arrogância do lucro macabro...
E, por fim, depositam a cabeça da esperança
Na guilhotina da desumanização da vida...
Voltam os insistentes ‘sem eira nem beira’ :
Que será que Maria Antonieta pensou ao ser decapitada?
“Isto é um pesadelo, sou poderosa, não está acontecendo”
Sua cabeça ( castelos) tombou cheia de pensamentos ...
Quando irão cair as cabeças (os castelos) dos grandes de hoje?
Quem fará a nova revolução (à francesa)?
Já aconteceu? O consequente (pós) terror se mostra
De todas as maneiras... e a pior é a ‘silenciosa’ disfarçada.
A vala para almas é atemporal e infinda...
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