terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Afetação antropofágica


na verdade, sente-se tão pobre
quando muito presenteia
suas mãos tremem, calejadas
viciadas desses excessos.

é difícil seu entendimento
neste rezingar,bizarro e estranho.

mas,

o estranhamento a assaltou, governa
despede-se do [si]logismo
agora, não quer entender
ou que a entendam

precisa que a sintam...

sintam,

aquela dor que sente [fundo]
e o sangue correndo, queimando tudo
por dentro... [algo a esbagoou].

sintam,

o quanto um ‘olhar’ pode ser cruel
ele fere muito mais que palavras
quando rejeita o diferente
[o transformado].

o sublime ou a poética
neste agora, assim se entrega.

deve estar ligado com a carne
deve se fundir com a carne
não mais [só] com o invisível, o mental.

não devem a entender, hoje
quer que a engulam e depois a lancem
regurgitem, até que as palavras tornem-se vãs
e desnecessárias... são vivências, sintam.

hoje ,

é o alvo e é o arqueiro
precisa se ferir para se ‘curar’
da maleita da mesmice e do tédio

quer chorar, para conseguir rir.

neste instante,

é ambiguidade
o todo e a metade, o verso e o reverso
a luz e as sombras, o tudo e o nada

sempre [dualidade], é assim.

é uma metamorfose
se destrói e se renasce
voa no enigmático buscar algo
que sempre procura por si...

só hoje,

o paradoxo comanda
atraindo a repulsa emotiva
do discurso difuso, original

é vaticino de um final...





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