segunda-feira, 27 de junho de 2011

A Fênix e o Destino... eternos imortais.


Chorando percorria os sepulcros, acompanhada da irmã que olhava os jazigos com indiferença. Era uma despedida. O pai esperava atento na entrada do Panteão. Ela se lamentava “gosto tanto daqui não queria ir embora” e as lágrimas escorriam em sua face. A outra respondia ”para mim tanto faz, sou neutra”. Ali estavam enterrados todos os companheiros e companheiras das gêmeas: a amizade, o respeito, a compaixão, a lealdade, a dignidade, a nobreza, a solidariedade, os que restaram seriam dizimados pelos, agora, vitoriosos senhores - Estados Grandes Otimizados Solitários (EGOS) – seres lobotomizados, sem emoções cruéis e torturadores...

Tinham derrubado o último baluarte, assassinado o chefe da resistência. O sepultamento era do AMOR, não resistira e sucumbira também. Assim, este planeta ficava entregue aos grandes EGOS, frios assassinos famintos - devoravam as virtudes e as emoções que restaram com imenso prazer...


O pai gritou “venham meninas, está amanhecendo, o planeta vermelho nos espera”. Assim partiram para sempre com a eterna amiga FÊNIX (marciana há tempos, era filha do Fogo) - o senhor DESTINO e suas filhas gêmeas, ESPERANÇA chorosa e a SORTE indiferente, em busca de seres menos brutais...

A FÊNIX, sempre discreta, não relatara aos amigos que há tempos tinha levado os senhores do OLIMPO e PANDORA para o belo planeta que se esfriara dando condições de um novo mundo acontecer - O ciclo iria se repetir? - deuses, semi-deuses, heróis, mitos,homens...progresso. Porque ali em Marte aportavam os estrangeiros viajantes que buscavam a salvação. Lembrou-se, também, que esse fenômeno já tinha acontecido milhões de anos atrás aqui na Terra. Afinal a bela FÊNIX era eterna ... imortal.


ALICE LUCONI NASSIF

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