segunda-feira, 27 de agosto de 2012
[a momentaneidade da poesia]
Busco e preciso, às vezes,
de me sentir inteira
um ser único... singular.
Uma contingência,
um ser preci(o)so intuitivo
potência criativa a-moral.
Deixar de ser ‘gente’, um geral
coisa pública sem privacidade.
Aquele ‘algo humano’ necessário
cultural e moral... um ‘real’
imperativo amontoado de ninguéns.
Por sorte, às vezes, irrompe em mim
aqueles momentos privados
onde sou ainda eu própria.
E naqueles instantes do querer,
não permito que me roubem
a decisão da minha possibilidade.
É só minha esta responsabilidade
e deste desejar brota toda a poesia.
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