quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Alma ferida...

A alma busca alento
na flor do sentimento
onde o beija-flor pousou
beijou e se enamorou .
E nesta árvore da vida,
fez seu lar o seu ninho
com pena(s)da emoção
e galhos secos da dor.

Dorida a alma perdida
de asas leves feridas
voa e busca o carinho
que a salve deste torpor...

[... procura o puro amor]

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sentimentos...

Não morras ainda sentimento,
quero te alimentar com o perfume
dos momentos vividos da paixão.

Sinta o odor suave do amor
lembres da felicidade... tua guarida
que te abraçou e afagou com carinho.

Não morras ainda sentimento
quero te dar mais tempo, alento
nunca irás ressuscitar... assim.

Sou a única voz que te chama
aquela canção angelical de querubins
um fado de vida singular único.

Não morra ainda sentimento
sinta a vida te buscando
afaste este cálice de ti...

domingo, 27 de novembro de 2011

E o inverno...sabe esperar

Se o tempo me desenha alva
e derrama anos em mim
é porque já cantou o arco-iris
e o pote da vida estava radiante
borbulhando... colorido no fim.

A pintura só se acontece
na paisagem que se estendeu
até o aqui... as estações
verão, primavera e outono
moram e renascem em mim.

E o inverno?

Este me deseja ainda
pode e sabe esperar
é sábio e final...assim.

sábado, 26 de novembro de 2011

Lembras?!

Jamais desejei te magoar
sinto tua tristeza
e esta infelicidade
que te devora

Mas,

mataste o amor
lembras?

Fui embora... sim

Fugi mesmo
do vazio
que se apoderou
de mim

Cansei de entender
cansei de perdoar
cansei das vinganças
cansei das matanças

Fostes alertado
sabias que um dia
eu desistiria de
um amor remendado
assim

Não sei fingir
não vale a pena
precisei partir

...e superar


“Quando resolveres te vingar, lembres de cavar duas covas.”
(Confúcio)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Cosmos...

Quanta beleza
O universo nos oferta

Híperion, deus-sol
Pai eterno da vida

A lua e seu luar maravilhoso
Um céu coberto de estrelas
A terra Gaia... o mar Netuno

A enigmática
E magnífica Natureza

Mas,

Acontecem
Tempestades
Desastres acasos
Nesta imensidão
Deste macro cosmos

Tudo isso se repete
Dentro de nós...

Toda a beleza
Toda incerteza

Dois cosmos
Em ebulição
Em evolução

Indecifráveis...

Universos gêmeos
Que bradam alto
Comemoram

[... e gemem abraçados]

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O bem imortalizado

Olho o céu azul
E sinto o infinito

Sou fragmento
De um Todo
Bem... maior
(in)decifrável

Que derrama
Vida em mim
E no meu igual
Semelhante

Quero e busco
O amor
E o bem

Mas,

Nem sempre
O encontro
Esbarro no oposto
Resisto...

O bem e o amor
Se imortalizam
Permanecem
Quando o fazemos
Para os Outros

Aquele bem
Que fazemos
Para nós mesmos
É bom... mas
Morre conosco

Do luto...

A alma fugiu decepcionada
Para sempre vagou perdida
Com o horror vivenciado

Coração sangrando partido
Depois que os ruinosos dedos
Apunhalaram mil vezes
Aqueles afetos inocentes
Colhidos no campo dos girassóis
Na primavera colorida da vida

O respeito, a lealdade, a amizade
Todos martirizados pelas mãos
Tremulas do desamor

O verão não pode nascer
Foi abortado com a dor
Da vitória do fracasso
Naquele nefasto dia

[... restaram o espanto e a melancolia]


“Em mim há um anjo e um demônio e que, ao contrário do que se pode pensar, não brigam entre si, convivem” ( Mário Quintana)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Entre parênteses...tempo

Depois de abraçar-me com Eros
O tempo sorriu entre parênteses
E assim ele cessou de correr
A ampulheta do amor começou
E a areia das carícias transbordou

Viajo com Zéfiro
Afrodite me acompanha
Nas asas da imaginação

Desde,

Que o dragão da vida sopra névoa
Projetando eterno sombreamento
Onde tua face em luz (re)aparece
Neste nevoeiro sublime encantado
Que sussurra o canto mágico sedutor

Viva imagine acredite crie ame...

[...e o tempo (re)toma seu movimento]

terça-feira, 22 de novembro de 2011

As borboletas...

Vocês já repararam
Como as borboletas voam?

Elas andam sem rumo
Vão para lá e para cá
Elas dançam no ar, são livres.

Assim são meus pensamentos
Soltos sem rumo e sem um lugar
Voam em todas as direções.

Só podem ser aprisionados,
Pela rede das palavras, aí sim
Como as borboletas prisioneiras
Que se debatem e morrem
Morrem estes também.

As palavras
E os conceitos se tornam
O sepulcro dos belos
E voadores pensamentos.

Agora submissos
E transformados
Inertes paralisados
No sarcófago poderoso
Das informações
E dos conhecimentos...

domingo, 20 de novembro de 2011

Um Eu ninguém...

Quem pensas ser... se não és ninguém
Reclamas toda hora, covarde vais embora.
Ter medo de si mesmo é uma boa opção
Porque temer ou outros ou as coisas
É comum em gente sensata e inteligente.

Mas, teu maior inimigo é este teu Eu
Que te atormenta e tortura sempre.
Este que te obriga a refletir quando queres
Te alienar e gozar a vida... os momentos.

Só estou avisando, larga disso e relaxa
Porque és ninguém para quem
Creditas tantos e tantos pensamentos.

Rode teu olhar,
O circulo tem mais que noventa graus.

Se situe na tua grandeza
Um ninguém com uma enorme existência.
Irás “aparecer” quando te livrares destas
Tuas (in) transparências
És aquilo que imaginas ser.

Salve-se,
Ou mergulhes neste mundo interior
Que criaste para sofrer
Largues de ser masoquista.

Lembras da borboleta azul,
Foi uma feia larva antes de
Conseguir sua beleza e voar.

Mutação espontânea,
Liberta qualquer ser vivo
Até um pequeno Eu ninguém...

[que é um gigante e não percebe]

sábado, 19 de novembro de 2011

Desistir para existir...

Caminhando nesta estrada
Vou perdendo meus pedaços
Foi-se as ilusões e os ideais
Não eram reais só banais
Ocupavam espaços demais...

Cambaleando na incerteza
Algo se despedaça de mim
Machuca... as veias sangram
Era a confiança e o amor
Arrancados à força assim...

A estrada se retira
Se esconde e o abismo
Devagar se aproxima
E abraça este Ser infeliz
Que se rende e mergulha...

[precisa desistir para voltar a existir]

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Presente do verbo...

Tenho que imaginar
Acreditando
Tenho de encontrar
Buscando
Tenho que andar
Cansando
Tenho que falar
Sussurrando
Tenho que abraçar
Apertando
Tenho que dançar
Cantando
Tenho de beijar
Suspirando
Tenho de fazer amor
Gostando
Tenho de estar sempre
Amando

O oráculo da imaginação

Sinto o mar achegado amoroso
Como aquele mimo desejado
Infactível sinuoso arredio
Sob um céu hesitante estrelado.

Ouço cantar o beijo confuso
Espoliado no silêncio roubado
No fuso das horas perdidas
Da vida... sendo ode ou fado.

Tudo é sina destino conspiração
Também regozijo e inspiração
Como o véu tênue que energiza
O oráculo da buliçosa imaginação.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Imaginação finita...

Pensava e pensava
Que é a vida?

Presenteia tanto
Mas, logo tudo tira
Doa amor e alegrias
Sufoca com a dor
Oferta ilusões e
Fantasias...

Pensava e pensava
Que é a vida?

Imaginação finita
Sem explicação...

Ah, sonhar!

Como é bom sonhar,
Ressuscitar as lembranças
Imaginar possibilidades...

Mas, o (im)provável acontece
As palavras, o momento
Chicoteiam meus sonhos.

Quando me dou conta,
Os sonhos que acreditava
Que ia sonhar... me fogem
Escapam silenciosamente
Pela porta aberta do real.

Ah, realidade
Tenha compaixão
Devolva meus sonhos...

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Palavras concupiscentes e versos embriagados

As letras penetrantes
Se enroscam felizes
Sensuais e lúbricas
Gerando mil palavras
Insinuantes
Tímidas damas ou
Belas meretrizes...

Seduzem
Concupiscentes
Maravilhosas...

Parindo versos
Embriagados que
Abraçam as estrofes
Temulentas
Até tombarem poemas
Seus rebentos
Apaixonados...

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pensamentos vagabundos...

Esvaziando lançando
Pensamentos vagabundos
Sem nexo...

Chuva ou sol
Tempestades
Amenidades
Tanto faz...

Beleza... azucrinação
Transa amor sexo
Ou masturbação
Do intelecto...

Procriação de palavras
Besteirol (in) consequente
Enrolados num lençol
De mentes e versos...

Tédio
Passatempo
Pensamentos...

Lesos desconexos
Sem imaginação
Parindo monstros
Logos... sem inspiração

[dissoluto adulterado bufão]

Ensine-me a chorar...

Tenho saudade das lágrimas
Perdi tudo (... ) até o gosto
Do sal nos lábios... aquele
Que derretia a neve alva
Que congelava minh´alma.

Minha face molhada
A névoa do olhar triste
Aquele tremor premente
Que acelerava o coração
Ao ressuscitar a emoção.

Preciso voltar a suspirar
Sentir aquele aperto no peito
Aquela dor benfazeja
Dor de amor... existência
Viver intenso... experiência.

Por favor! Minha vida!
Surpreenda-me,
Devolva minhas lágrimas
Toda minha essência
Ensine-me a chorar...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

A face oculta do amor

Não consigo lembrar tua face
Oculta... do amor que é teu
Despedaçado no âmago
Por ondas da energia amorosa
Deste universo que flui em mim

Não consigo lembrar tua face
Ela se fundiu na minh´alma
Transmutou-se em mim... é Eu

Oh, orgulho!

Oh, orgulho!
Quanta servidão
Quanta ilusão...

Seria tão fácil
Abraçar a felicidade
Se teus braços de polvo
Libertassem os meus...

A melancolia vem
Com o arrependimento
Tortura devagar e
Suavemente... a nós.

Oh, orgulho!

domingo, 13 de novembro de 2011

Vida com felicidade

Adormeça pensamento
Se aquiete
Esqueça a unidade
E o sentido
Esqueça a lógica
E o objetivo

Hoje vale
O sentimento
A emoção
Que sufoca

O prazer do desejar
Sem pensar
Forte instigante
Pleno e fugaz

Possibilidades?

Sim, mas
Que salva
Por instantes
A alma das gentes

[oferta de vida...de felicidade]

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

À solidão do livro...

Na terra de todos
Eclodia a conversação

A espontaneidade
Da oralidade é agradável
Pela aproximação e
Improvisação possível

Mas, surge a necessidade
Sedutora e premente
De recolher-se ao solitário
Exercício da mente
De pensar e escrever

Entrega-se então
À solidão do livro

Os pensamentos
Sempre são da gente
Mas a inspiração vem
De outro lugar...

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vincente Van Gogh- Herói derrotado

Ruivo, desengonçado mal vestido
De gestos bruscos olhos brilhantes
Todos o ignoram voltam-lhes as costas
Sofre angústia e miséria humilhantes

Ressentido temperamental e instável
Depois de todas as grandes decepções
Resolve se refugiar na grande Arte
Nasce o gênio que desvela as emoções

Qual revelação Vincent recebeu?
Que expliquem suas obras primas
Genialidade tardia... poucos anos
Pinta retratos flores paisagens maravilhas

Desenha a lápis pinta telas equilibradas
Nitidez contornos luz sem sombras...cores
Púrpura brilhante verde esmeralda azul
O amarelo sagrado...seus eternos amores

Van Gogh foi poeta místico e pensador
Experimentou religiosidade e o humanitarismo
Mas, pelo seu tempo ignorado e injustiçado
Repetiu o drama eterno do Herói derrotado

[só a Arte mais tarde lhe reconheceu o valor]

Mendicância...

Os mendigos rodeiam os
Poetas Maiores como enxame
Despojados não sabem criar
Fundamentados no seu tempo
Precisam sobreviver imitando

Aqueles, atemporais, sorriem
E concordam em alimentá-los...

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ah, ledo engano... são divinos

As ondas envolventes derrubam
Batem e afogam os sentimentos
Das mentes sem coração algum e
Dos corpos sedentos de pensamentos
Frios soberbos vaidosos e distantes
Que energizam amantes vazios dementes
Mas, convictos crentes ciumentos pedantes
Se crêem melhores maiores diferentes
Se acabam velozes...insatisfeitos impotentes

Ah, ledo engano...das sociedades
Suas carcaças também perecem
As almas negras ... libertas descem
E a terra e o inferno as recebem sorridentes

O paraíso é só para gênios sofridos virtuosos inocentes
Enfim aclamados... depois de desencarnados
Em vida miseráveis desconhecidos ignorados
Assim aqui perpassam...os grandes avatares

[profetas, escultores,pintores, escritores...poetas]

domingo, 6 de novembro de 2011

Sem explicação...

Este amor sem explicação
Nasceu em mim
Sem eu querer
Sem eu o desejar

Agora agradeço ao coração
Este amor sem explicação
Pois amo te amar...

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

A voz do amor...

Quando escuto o vento
No silêncio da natureza
É a voz do universo
Que sussurra para mim

Quando escuto o pensamento
No silêncio da mente
É a voz da intuição
Que sussurra para mim

Quando escuto o sentimento
No silêncio do coração
É a voz do amor
Que sussurra para mim

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Teu amor é essência...meu ar

Sinto teu toque ouço teu coração
Sinto tuas suaves mãos a me afagar
Fecho os olhos para que a sensação
Não se desvaneça ao te abraçar

Compreendo todo teu querer
Pois é o reflexo do meu amar
Me nutro no teu imenso ser
Teu amor é essência... meu ar

Fico sempre ansiosa te esperando
Porque sei que irás me encontrar
Com sorrisos beijos e teu desejar

Nossas almas gêmeas se buscando
Elas se completam sabem se enlaçar
Encantadas felizes flutuam a voar

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Meu amanhã...

Como espero o amanhã puro intocado
Novo jovem pois o hoje se finaliza
Voe e pouse neste instante que desliza
Meu amanhã querido...enigma buscado

O futuro é o leito da possibilidade
O passado é registro concretizado
O presente é o agora vivenciado
O amanhã é o forjador da felicidade

Hoje é momento vivido cultivado
Ontem foi um hoje maduro superado
Só meu amanhã é vir-a-ser abençoado

Como espero o amanhã com temperança
Adormeço sussurrando feito uma criança
Desejosa do amanhã... minha esperança

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sob o comando do amor...

Ele me olha desconfiado
Sussurro de mansinho
Tudo... o que quero
Mordiscando sua orelha
E beijando-o com carinho

Suavemente me enlaça
Fecho os olhos feliz

Deixo que meu corpo
Procure e encontre
Com intensidade e ardor
Realize seu desejo
Sob o comando do amor...