domingo, 12 de agosto de 2012

O fantasma de uma ópera


como dizer algo sem ser um 'ser real'
reflexo daquela eterna busca do gral.

o olhar semicerrado de emoção
fazendo delirar os dedos em versos
que não ouves porque és inverso
para os sons do teclado distante
em enigmáticos voos de instantes.

e solfejar a música das musas
nas notas do vento que ejacula
as palavras magas sussurrantes
de tempestades doridas ‘sentidas’
evocadas pelo colossal tempo.

por isso não consegue falar...

terás que entender todas linguagens
se quiseres participar desse sonho
esta magia da imaginação abissal
que (des)povoa toda realidade
colocando em xeque a sanidade.

o poeta é um ‘ser outro’
forjador de cenas e cenários
fantasma de uma ópera
intitulada “fantasia”.

ou será “utopia?”
vida por vir...







3 comentários:

Nilson Barcelli disse...

O poeta pode transformar a realidade em ficção e vice-versa...
E gosta de perseguir a utopia... porque o que interessa não é a chegada, mas o caminho...
Beijo.

Nilson Barcelli disse...

Esqueci...
O poema é excelente.
Parabéns.

Alice Luconi disse...

Olá Nilson!

Obrigada pela visita e comentário pertinente e gentil.

Bj